quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Caniches a.k.a. Ratos com pêlo a mais

Acabo de estalar os dedos, acabo de preparar estes para debitar uns bits neste bocado de ciberlixo a velocidades mais incríveis que o mítico herói “flash”.
Ora bom, mais uma vez cá estamos nesta reunião solene de eu, o meu alter-ego, aquela vozinha simpática no fundo da minha cabeça e os restantes demónios que coabitam neste pequeno corpo.
Tema para a dissertação do dia, tum trum tuuum tum tum (é suposto representar o rufar dos tambores ou eu a massacrar a mesa do pc).
Caniches, sim, esses ratos com pêlo a mais serão os passageiros involuntários desta viagem pelo mundo secreto dos cães mais estúpidos e desprezíveis do planeta (rivalizam com o “Chihuahua” pelo primeiro lugar).
O que dizer sobre estes animais, bem, podemos começar pelo facto de serem das raças mais porcas do mundo (e isto é pura verdade, mais pura que o pó num qualquer barraco na Colômbia).
Além disso quem é que disse a um caniche que ele sabia ladrar, aquilo nem um ganido é, aliás, conheço gatos na minha rua que ladram mais alto que os caniches (sim, porque na minha rua os gatos ladram, as ovelhas caquerejam e os cavalos estão sempre calados para não revelarem o sotaque “à guna”).
Devo de dizer que mais ridículo que um caniche é um caniche só com metade do pêlo, qual é a ideia de rapar o cagueiro aos animais?!
Tipo, isso é um bocado depravado não, já sei que assim a merda não fica agarrada ao pêlo mas ver o cu de um caniche todos os dias requer, uma muito maior, resistência aos “reflexos de vómito”.
Mas não é só os caniches em si que me irritam, o próprio nome faz-me dores de cabeça (e lembro que já o escrevi mais coisa menos letra umas vinte e muitas vezes só neste Post).
Penso que um nome mais masculino, mais canídeo como jóssineide ou laurácia seria mais apropriado e de longe, menos embaraçador.
Mas vamos dirigir a nossa atenção para as “donas” que usam um caniche (sim, porque um caniche é um acessório e como tal usa-se!).
Refiro-me a essas mulheres, em que 99.7% usam cabelo armado, um casaco de caxemira, malas Louis Vuitton e uma raposa meio inconsciente de snifar tanto perfume!
Essas consumidoras compulsivas de anti-depressivos e cartões de crédito alheios, forçosamente cedidos pelos azarados dos maridos.
Estas senhoras que vão a um café e pedem um compal light porque estão “a manter a linha” (linha esta que é bastante curva obviamente) e de seguida enfardam três queques, dois pasteis de nata e apenas um croissant que é “para não fugir muito à dieta” (dieta esta baseado no best-seller “Como sobreviver ao Inverno, uma questão de Ursos!”.
Estas mulheres que compram latas industriais de laca todas as semanas e adoram ver filmes em francês, não por culpa do enredo mas sim porque aquela estranha forma de falar “é engraçada”.
Adoram rechear os seus diálogos sobre a capa da “Caras” ou “VIP” com estrangeirismos, do género “Usar peles é kitch a não ser que seja dos bois do António do tasco, ali ao lado da tina das alheiras, Okayyyyyyyy!”.
Estas mulhores que levam os caniches ao colo para todo o lado e não se apercebem que estes não devem entrar num café mas mesmo assim não os largam, vacas, os “ratos” bem que lhes podiam cagar em cima.
Mas voltando aos caniches como a cirrose ao alcoólico crónico, quem é que acha piada a um cão que não sabe correr, é apetrechado com lacinhos e tem a mania que é gente fina (caminha sempre com a cabeça e a cauda muito erguida), quando na realidade todos os outros canídeos lhe cagam em cima.
Para mim um caniche bonito é um caniche no estrangeiro, penso que eles só ficam bem naquele pequeno espaço que separa o rolo daquelas máquinas que alisam as estradas e a própria estrada!
Estou aqui a pensar nas utilidades de um caniche e uma que vejo é utilizá-lo como desperdício. Seja no mecânico, seja a limpar os vidros de casa um caniche vem sempre à mão (trocadilho de alta qualidade!!!).
Mas assim de repente já estou farto de falar destes ratos irritantes que trazem piores coisas que a peste (sindroma José Castelo Branco com um aroma de Cláudio Ramos).
Só como curiosidade este Post demorou uma montanha (bem, para ser mais correcto é um pequeno montezito, uma ligeira encosta, um alto digamos!) a ser escrito porque comecei de tarde, deixei a meio e só o terminarei daqui a alguns minutos.
Outra curiosidade, se “goglarem” “Odeio caniches” obterão 91 resultados, e se estiveram numa vibe estrangeirex escrevam “I hate poodles” e obterão 1200000 resultados com um site que lhes declara guerra a encabeçar a lista!
E ainda mais, a Paris Hilton tem um o que é o mesmo que dizer que os caniches são seres materialistas, enfeitados para agradar as massas, completamente ocos e com uma personalidade igual há de uma porta (é sempre “à abriri”).
Conclusivo não?!
Bem por agora é tudo, mais haverá se assim se suceder.
Hasta meu bom povo, não se esqueçam de apagar o fogo da última churrascada no meio do pinhal e de ter sempre duas a três grades de cerveja na arca (não, não é a de Noé).

My sound:
Eve 6 – think twice

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão…

sábado, 5 de agosto de 2006

intermission #2

Tanto tempo longe para no fim estar assim tão perto.
Tanto evitar pensar no que me invadiu por completo.
Tanto tentei evitar que acabei por voltar ao passado.
Onde reside a solução para o problema evitado.
São as palavras mudas nos olhares perdidos.
São os outros por vezes esquecidos.
São os gestos que gelam o tempo.
São os cheiros que agarram o momento.
Nunca foi muito mas foi suficiente.
Para te prender na minha mente.
Escondidos no meio da cobardia.
Salvando o orgulho mais um dia.
Só quando o tempo nos apanhar
Só quando a música parar.
É que o Fim dirá presente.
E o vazio…
Vagueará pela minha mente.

My sound:
Simple Plan – when i’m with you

Para mim…