Queima 2007 uma pequena revisão
Ai está, tal como prometido um novo post a cheirar a fresquinho, até porque tomei banho à quinze minutos, com o objectivo de resumir a minha queima e a queima em si.
Nada de novo neste Blog portanto, como tal e sem mais demoras ou talvez com mais uma ou duas, já está, inicio o relato…
E assim de repente, só as noites da queima é que são contempladas até porque de dia as festas académicas perdem o seu sabor…
Por onde começar, a pergunta paira no ar tal como o cheiro irritante a flores que alguém colocou perto de mim, bem, penso que pelo início é uma boa escolha.
Terça-feira, dia de cortejo mas não para o je, não quis ir e acabei por ter um dia tão chato, mas tão chato que até corridas de caracóis já pareciam interessantes, bem, avante.
A noite começou comigo a seguir o “super mega hiper Ferrari” do estrumph até ao café / snack-bar / espelunca que nos deixou entrar para a jantaroca.
Nada de especial se não fosse o caso de aquela besta ter tentado entrar numa rua em contra-mão com dois moinas a topar o esquema…
E eu?!
Eu ia mesmo atrás a fazer o mesmo, confesso que nem tinha reparado, mas o importante é que nos safamos.
Jantar normalíssimo com muita rega de receita para gargantas sedentas, três piadas secas de qualidade e alguns comentários de nível como “ela é peluda?!”, e não, não fui eu que os fiz.
Entrada no queimódromo por volta da meia-noite ou uma ou perto disso com muita boa disposição, induzida pela receita do doutor “três ou sete copos devem bastar”.
Como todos devem saber a terça é a noite do pimba e como tal a queima está a abarrotar, do pior mesmo, mais gente significa mais bebedeiras, vómitos e confusão, quem está habituado à televisão portuguesa nem nota.
Bem, a noite foi tranquila, sempre a saltar entre dois pontos, a exagerar num deles e a ser uma boa pessoa no outro, sim, afinal é possível!
Penso que nunca na minha vida ouvi tantas vezes alguém dizer que eu era um gajo fixe, talvez à dois anos no mesmo local mas não tenho a certeza, o que foi engraçado mas escusado será dizer que tais palavras vinham carregadas de álcool e como tal são no mínimo dúbias.
Bem a noite até que podia ter acabado com uma rica dormida mas na realidade foi apenas interrompida com um dormitar de, no máximo dos máximos, uma hora no banco da frente do meu super carro pois a minha presença (ou do meu cadáver, pois penso que descreve melhor a minha presença na altura), era esperada para dar uma mãozinha nos pré-requesitos, eu sei, sou um tipo que está sempre lá para os outros ou não!
Bem, dia de quarta sempre a bombar, pois com a falta de dormida eu fico meio eléctrico e ainda mais esquisito, resumindo, pré-requesitos > almoço > FAP para comprar nove bilhetes > viagem de regresso à faculdade com dois bilhetes na mão > biblioteca para parecer que de facto sou estudante > treino > viagem até casa para jantar e tomar banho > bilharada com um primo (penso que perdi) > de volta à queima!!!
Quarta-feira, dia de The Gift e Rui “espero que estejas com a tua miúda senão isto vai ser uma seca” Veloso, podia ter sido uma noite má mas na realidade até foi muito porreira.
Começou com a magnifica companhia do ladrão e sua dama a irmos a caminho do concerto do Rui, fugi passado pouco tempo e logo de seguida já estava a acompanhar um tipo ao INEM ou o que aqueles barracos são, o tipo estava bem apenas tinha um ligeiro caso de “Porra bebi muito e agora só quero morrer!”.
Bem, a noite continuou com um reencontro com o ladrão e respectiva “esposa” nos carrinhos de choque, dar umas voltinhas naqueles cangalhos até que foi porreiro mas o melhor foi o que veio a seguir, nem o gozo às “personagens” do automobilismo de pista nacional do ano passado se conseguem comparar com a deste ano, tínhamos para todos os gostos, desde o típico guna “sem sabor e já vi tudo o que estás prestes a fazer” ao artista do volante, mas para minha surpresa apareceu algo inédito este ano, o aprendiz de condução (sem instrutor infelizmente) em plena aula para tentar tirara acarta, não percebem? eu explico.
No meio da pista, ou será mais por todo o lado?!
Seguindo… Na pista estava um bacano a conduzir na sua paz, evitando todos os obstáculos (carros essencialmente) e fazendo uma condução exemplar, até aqui nada de novo, mas se por acaso tivermos em conta a quantidade de fichas que esta personagem gastou a fazer isto torna-se claro que ele tinha pago as 28 aulas de condução mais um suplemento de 5 por estar inseguro em relação ao exame, para finalizar a actuação deste cromo do volante, quase no fim da minha observação uma gaja, a quem fichas era apenas uma palavra que relembrava memórias distantes, saltou para o carro do aprendiz completamente frenética enquanto o gajo nem sequer se mexeu um centímetro, dando a parecer que nem sequer tinha noção que alguém estava sentado ao lado dele, algo que suscitou o seguinte comentário “deve ser a aluna da próxima aula!”. Impagável!
Bem, a noite ainda era uma jovem de meia idade e o ladrão teve de dar de fuga, fui ter com uns colegas e o que se passou quase a seguir vai ficar gravado na memória que nem uma confissão de amor de um jovem com uma faquinha numa árvore alheia.
Foi mais ou menos assim, enquanto eu e o resto do grupo andávamos à caça de prémios surgiu uma espécie de aposta entre mim e outro como eu não dava um pontapé naquelas cenas do chuta a bola, resultado… Acerto em cheio no ménaço das bolas, sprint de quarenta metros, pausa para retomar o folgo, pequena conversa com os meus recém descobertos amigos da policia e uma sorte daquelas bem grandes em não ter sido levado ao tipo a que muito provavelmente “queimei” a perna, pois se tal tivesse acontecido desconfio que eu passava a ser o boneco a acertar no já referido jogo!
Bem, a noite (ou madrugada) acabou comigo a ressonar num apartamento desconhecido onde ainda antes de entrar já estava a pedir desculpa a uma vizinha, e assim de repente um conselho, quando alguém vos disser que são “dez minutos a caminhar” eles querem é dizer “dez minutos a derreter a quinta no carro, ou seja, vais caminhar mais coisa menos coisa, Demasiado!!!”.
Agora tenho de saltar uns dias e aterrar à uma e meia de domingo, hora de entrada na queima, para trás ficou uma janta de despedida muito apreciada a um sócio que depressa estará de volta, bale!
Ora bem, o que dizer, muito simples, foi o único dia para o qual comprei bilhete de propósito para ver uma banda “OiOai” e acabei por apenas ver o fim dos Xutos rodeado pelos fervorosos alunos da “C+S vou partir os dentes a alguém”, bonito e daí, talvez não!
Ainda acabei por ver uma cena que até foi porreiro, um guna e a sua dama estacionam à minha frente na penúltima música do concerto mas ainda com tempo para… o tipo atirar um terço da cerveja para alguém algures à direita enquanto que, simultaneamente, a sua dama deixa cair os óculos os quais descobre com apenas um pequeno “porra, não sabia que as hastes conseguiam dobrar dessa maneira!!”, a cara do guna a seguir, embora violenta era mais cómica que uma maratona de Seinfeld.
Pouco depois despedia-me da queima e ia ressonar para casa, eram quatro da manhã e às sete (sete e dez, sete e quinze), já tinha de estar no trabalho.
Bem, já está, tal como prometido, espero que todos os que lá estiveram se tenham divertido, e que para o ano estejamos lá todos outra vez.
Hasta meu bom povo e viva a Super Bock.