sexta-feira, 28 de abril de 2006

Aprisionados...

Voltando à carga como um telemóvel ligado à corrente, aproveito este momento em que me dedico a fazer o que sei fazer melhor (nada) e escrevo alguns pensamentos ordenados de forma caótica no canto posterior esquerdo do meu cérebro (ao lado da zona auditiva e à frente da zona de lazer).

Vou começar por prisão, para já a de ventre vai ser posta de lado pois quem me conhece sabe que eu não tenho problemas com isso.
Continuando, e não é que ontem vi um gajo a ficar preso no WC e hoje vi duas quarentonas ou isso do jet (set ou zero mas isso não importa) a ficarem presas no Metro… daqui a nada aposto que estou a ver o Vieira e o Veiga a apanhar gel de banho com um garfo em Caxias…
A cena das mulheres até que teve o seu “je ne se quai ou escrever esta frase em francês” de piada.
Estava eu a sair do metro a curtir o meu som quando olho para o lado e vejo uma mulher a saltar do banco, seguida por outra com um ar de atrapalhada (deduzo que foi nessa altura que leu a palavra terminus no interior do metro e o aviso sonoro, “Todos os passageiros são obrigados a abandonar o veículo”, lhe bateu fundo no vazio que é aquele cérebro encharcado de laca), a olhar que nem um boi para um palácio para a porta que lentamente se fechava (uma delas ainda tinha tempo de arranjar o cabelo três vezes e sair mas preferiu ficar a ver a porta a fechar).
A mais inteligente das duas (isto é o mesmo que dizer o mais rápido dos dois caracóis) ainda carregou no botão para abrir a porta mas as luzinhas já estavam apagadas (quem anda no Metro sabe que luzinhas são estas… quem já não correu em direcção ao Metro apenas para ver as luzinhas a desligarem-se quando apenas faltava dez centímetros para carregar no botão?! Hum?! eu não!).
Claro que o leitor ou viajante perdido com dois dedos de inteligência ou uma mão cheia de esperteza de rua perguntaria neste momento algo do género, “Mas o Metro não tem um sistema de paragem de imergência ou de comunicação com o maquinista?”.
Eu respondo, yep, tem, e sim, funciona pois já o vi a ser utilizado, esse sistema serve inclusive para desencravar a porta (ou abrir esta no caso de estar fechada) e está situado ao lado de todas as portas com uma indicação clara do que faz (como se uma alavanca vermelha com a palavra emergência não fosse suficiente, será que esta gente nunca viu um filme americano?).
Quanto ao homenzinho que ficou preso na casa de banho foi interessante porque ele conseguiu fechar a porta por dentro mas depois já não dava para abrir, ele até que só deve ter ficado uns quinze minutos mas a forma como ele espancava a porta demonstrava o seu desespero (se fosse eu já a tinha deitado abaixo, nem que tivesse de roer as fechaduras, é que não sei se estão a ver, ou melhor, cheirar a cena, eu quando vou ao WC aquilo fica tipo chernobyl, quarentena é pouco).
Por agora as curtas-metragens da minha vida ficam encerradas, mas a vida continua e este post também, vou debruçar-me sobre um novo tema que nem um puto de três anos numa varanda mais desprotegida.
Na procura de temas novos dou comigo a pensar na “morango-mania”, apoisé, pensavam que eu não ia comentar mas isso seria difícil, e sim, isto é por causa do piloto!!
Ora bem, por onde começar, primeira pergunta, se eu morrer tenho direito a ser primeira página de jornais e revistas?, não?! E se eu fizer pontaria a uma árvore com o meu carro, aproveitando o peso extra de mais dois passageiros e assim de repente, até conseguir acertar já ganho direito à primeira página? Não? Continuo condenado á secção da necrologia tal como todas as pessoas que nunca fizeram nada de relevante para merecerem mais.
Então neste caso, ainda não percebi porque é que no outro dia olho para o jornal e vejo algo tipo “Dino morreu” e não é que para meu espanto a noticia falava de um tal de Francisco, epá, desculpem lá mas eu estava à procura de um Dino e afinal só encontrei um Francisco, devia ser engano.
Mais, eu estou aqui a arriscar um bocado, mas regra geral quando alguém se manda contra uma árvore de forma a “desconstruir” o carro é sinal que ou vinha em excesso de velocidade ou com uns copitos a mais, ambas as atitudes são bastante irresponsáveis, ainda mais quando se leva mais gente no carro
Estranhamente nos jornais as fotos do carro desfeito não apareceram em grande destaque tal como regra geral acontece com notícias desse género, em que por baixo poderá ler-se algo do tipo “Jovem imprudente mata-se colocando mais dois colegas em risco”.
Nem fotos nem explicação para o acidente, estranho, caso para os ficheiros secretos.
Não me vou dar ao trabalho de comentar o especial morto na TVI que pelos vistos durou uma eternidade por duas razões, uma é que não vi e outra é que acho que para o Papa João Paulo II já foi um exagero para um actor que “quando chegou ao casting disse que só tinha experiência como modelo, eu vi logo que era um lutador” está para lá da minha compreensão, mas claro, a culpa disso já é minha, quem me manda ter uma consciência crítica e não comer tudo o que me é impingido.
Não vou dizer mais por hoje, como tal está nas horas de encerrar o tasco.
Hasta meu bom povo, continua a viver na ignorância colectiva ou torna-te estúpido e vê para além do obvio.
Só uma pequena curiosidade, para todos aqueles que tem o Word 2003 (talvez nos outros também dê), escrevam “morango-mania” e corrijam… está tudo dito!

My sound:
Muse – plug in baby

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão..

domingo, 23 de abril de 2006

Hidrorrabetas...

Sim é domingo e sim estou em casa, é triste mas é verdade e como tal sem nada para fazer e pouco em que pensar decidi assim do nada (referência directa ao meu cérebro) escrever mais um post.
Como já de costume o tema ainda está a ser pensado e espero encontrar um até ao final deste paragrafo.
Não, ainda nada…

Ok, o tema de hoje é “A vida real”, as minhas curtas-metragens…
Há cerca de duas semanas e meia, mais dia menos mês enquanto me preparava para ter uma aula de Hidroginástica (juro que fui obrigado), se alguém tivesse um controlo remoto divino poderia carregar no pause e deparar comigo em “shorts” vermelhos, meias com poses sexuais das pequenas mas que por acaso eu tinha acabado de esticar ao máximo e T-shirt verde (expoente de sex appeal elevado ao máximo… ou não).
Tal imagem levou a um tipo da minha turma a comentar que eu parecia uma estrela porno (confesso que me faltava um bigode à agente Simões para ser o REAL pornstar.
Tal afirmação levou a que neste pequeno e disforme órgão cinzento que o meu crânio encobre ilumina-se um gesto já famoso que eu denominaria do “cavalgar tresloucado” (imaginem um cowboy a agarrar as rédeas de um cavalo bravo enquanto sacode moscas da zona pélvica, agora retirem o chapéu, a camisa de flanela própria para aquele sol incinerador!! e as calças de botões laterais roubadas do circo e estão a ver-me na perfeição), resumindo, não sei se foi durante esta minha actuação improvisada ou se foi imediatamente depois que surgiu no balneário uma voz feminina pertencente a uma rapariga da minha turma articulando um cumprimento dirigido ao je.
Agora o leitor atento pergunta a si próprio já que a mim não o pode fazer, como é que ela me viu, bem, isso deve-se ao facto de eu estar no único sítio do balneário em que as pessoas que passam no corredor conseguem ver (imaginem uma janela de peep show mas sem vidro, erros arquitectónicos!!!).
Escusado será dizer que isto libertou uma gargalhada geral e que o facto de eu ter uma aula abichanada de hidroginástica à minha espera praticamente foi esquecido.
Colocando o tal comando divino em fast forward duas semanitas poderíamos ver mais uma vez eu a preparar-me para uma aula de hidroginástica, desta vez com um elemento novo, eu teria direito a três minutos de fama, três minutos esses que foram longos como o túnel da mancha e que conseguiram fazer descer a minha reputação mais depressa que o “space shuttle” quando avariou.
Bem, a verdade é que embora eu preferisse nunca ter tido essa aula ela até trouxe umas “prenditas” muito agradáveis.
Para começar, o 25 esteve especialmente corrosivo na análise ao trabalho realizado pelos outros “condenados” (se não percebeu esta parte não procure na parte de trás do monitor uma explicação pois só encontrará teias de aranha).
Continuando a descrição subjectiva desta “pseudo-aula”, o Ucraniano conseguiu meter água logo a abrir devido a não usar esta no seu esquema!
Passando alguns à frente, “O homem da batata frita” realizou o esquema com mais ritmo da história da hidro o que foi do melhor, devo confessar que ver o cabelo deste grande “sniper” aos saltos juntamente com o “boom boom boom boom” dos Venga BOIS foi o momento alto do dia, para compensar o excesso de ritmo imposto uma rapariga já mesmo a “fechar o tasco” fez o esquema mais lento e “sem sabor” do ano, tão lento. Mas tão lento que a professora parou a música e perguntou se aquilo não tinha um fim… impagável!
E eu? Pergunta o lado esquerdo do meu cérebro…
Bem, eu até podia dizer que meti os outros no bolso mas tal seria tão falso quanto as mamas da Pamela Anderson.
A verdade é que embora adore música (e o que se ouve na hidroginástica pode ser muita coisa mas música não é), não tenho inteligência musical nenhuma, não consigo sequer trautear um “clássico” do pimba português quanto mais manter-me na cadência de uma música que só por si já me faz sangrar os ouvidos.
Como tal não será de espantar o facto de a música no meu esquema ter servido apenas de som ambiente, aliás, um som apropriado à minha entrada em “palco” (imaginem uma rainha a acenar para o público com aquela sorriso rasgado a arrancar as plásticas feitas de improviso… se ainda não chegaram lá vejam alguma Britcom).
Depois deste relaxante natural e já numa de “caguei!”, começo o meu esquema com um curto incentivo e uma boca para um 25. Não vou descrever o esquema mas como principais highlights posso enumerar os meus “pontapés” que mais pareceram uma tentativa desesperada de sacudir as sapatilhas, o meu estrondoso “volta pró sitio” para os mandar voltar à posição inicial, o twist que durou mais que uma partida de xadrez (estava a pensar no que fazer a seguir obviamente) e o facto de os ter mandado “nadar” para a direita e irem todos excepto uma para a esquerda…
Bem, eu sei que isto não têm muita piada para quem lê mas para quem lá esteve (e principalmente para o 25, “sente a força da água!”), aquilo foi do melhor.
Para terminar deixo-vos com esta frase filosófica que poucos, mas mesmo poucos compreenderão…
“Está gordo que nem um chibo parece um Texugo!”
Hasta meu bom povo, e alegrai-vos pois o FC PORTO é campeão carago…

My sound:
Boss AC – eu estou aqui

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão…