sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Ela e a outra...

Aproveitando este fim de manhã com algum para fazer mas sem vontade para o realizar escrevo mais uma pequena contribuição para este Blog.
Desta vez o mote foi lançado pelo grande Homem da batata frita, bom rapaz de boas famílias que gostou tanto do ano passado que decidiu repetir a experiência, para ele um grande abraço “trans-anual”.
Pois bem, o caso de hoje não é tão bom como o do C.S.I., de ontem mas está a roçar, pelo menos, os créditos finais deste.
A Boa e a Gorda, não, não é mais um filme de Almodôvar, até porque para isso acontecer teria um título mais do género “lá guapa e lá rebulita”.
Pois é, pois é, provavelmente já terá acontecido a muitos mas se assim não foi vamos supor que sim (para criar uma maior empatia com o leitor e aumentar as audiências).
Estamos nós a beber uma súrvia num qualquer bar e de repente, que nem pão com manteiga a cair da borda da mesa, reparamos que uma miúda “80-60-80” (o primeiro número pode ser aumentado à descrição e o último com algum cuidado).
Tudo bem até aqui, até porque não de momento não temos namorada ou não nos conseguimos lembrar se sim ou não.
O “flirt” lá começa e com mais coragem que os forcados da moita, lá agarramos os tomates e vamos ter com a sujeita em questão (aquela dos xx-60-80).
Ao iniciar-mos a aproximação uma penosa suspeita vai tornando-se cada vez mais uma certeza, o mamute que estava ao lado dela é a amiga chata (sim, porque um monumento precisa sempre de uma grande base para se apoiar), a missão fica em risco mas mesmo assim decidimos continuar.
A aterragem é bem sucedida e iniciamos uma pequena conversa com frases ridículas como “penso que te conheço de algum lado”, ou pior “então quando fugiste dos meus sonhos foi aqui que vieste parar”.
Somos desculpados pela nossa ignorância masculina e safamo-nos, dando continuação à conversa, descobrimos quase de imediato que a miúda é interessante e pelos vistos ela guarda uma opinião semelhante acerca de nós, tudo bem as coisas estão a correr bem até que… eu tenho agora de fazer uma pausa, assuntos académicos a tratar, continuo mais tarde.
Continuando…
..até que a 60-160-135 começa a tomar conta da conversa procurando um bocado de atenção por parte do sexo oposto (oposto pois sempre que ela o procura ele encontra-se do lado oposto do planeta).
Blah blah blah, e eu no outro dia fiz isto, e perdi duas gramas pena ter ganho sete quilos a seguir, e coisa, e a nossa possível futura miúda vai encolhendo no seu canto, procurando dois segundos para falar.
Um tipo esperto, tipo eu, paga uma cerveja à baleia e enquanto esta a emborca em três goladas, aproveita esses preciosos 3.72 segundos para falar mais um bocadito.
Tal e coisa, a roliça volta a atacar e um tipo naquela, “deixa-me gramar esta tipa senão é que não tenho hipóteses nenhumas com a princesa (este termo pode parecer bonito mas na realidade é um ícone guna)”.
A preguiça com excesso de peso começa a denotar que está a ser desviada para canto (que nem o miúdo da primária com piolhos), e decidi usar a sua arma secreta, saca das chaves do carro e diz algo do género, “epá, a conversa está gostosa (para estes animais redondos as coisas são sempre gostosas ou apetitosas ou docinhas…) mas está a fazer-se tarde e amanhã tenho de me levantar às três da tarde (isto quando ainda não são dez e vinte da noite)”.
Sim, é verdade, o nosso segundo receio torna-se uma penosa constatação, a beleza (outro adjectivo ridículo) está dependente da marmota.
É aqui que a raiva se instala no aconchego da bílis, resistimos à tentação de partir o pescoço ao rinoceronte (que nem um corno vê á frente pois ainda não conseguiu arranjar ninguém para os meter).
Tentámos que a conversa prossiga mas o ambiente gelou e agora a única forma de alcançar o nossa “xx-60-80” é através da orca (também conhecida como amiga assassina), é nestes casos desesperados, onde já nem o “Tide” nos pode salvar que chega a solução, o incauto de um “acabadinho de se tornar” grande amigo, que é aquele infortunado que vai ter de “take one for the team” e meter mãos (e provavelmente pés e pás) ao serviço e enroscar-se (à falta de melhor termo) com o orangotango (sim, porque muitas tem excesso de pêlo e má higiene oral, mas por falar em oral… não, é melhor ficar por aqui…).
Pois bem, o bunker está arrumado do caminho e chega a altura de termos o mais que merecido tempo de qualidade com o diamante que desejamos lapidar tão recentemente descoberto (estas metáforas estão a fugir do meu controlo).
As coisas estão a começar a correr quando de repente vemos o nosso amigo a passar por nós a chorar e quando perguntámos o que se passou um triste “Ela começou a tirar a roupa” é verbalizado enquanto emborca três litros de lixívia.
A noite começa a esfriar e o ambiente só não gela porque já nem sequer existe, noite estragada e uma relação (que nunca o chegou a ser) acabada.
Pois bem, há quem culpe os Donuts, há quem culpe os pais eu culpo a Simara (porque sim e porque posso!).
Como consolo o barman oferece uma súrvia (e não querias mais nada não, paga que hoje decididamente não é o teu dia, ou será noite?!).
Bem, por agora é tudo, mais haverá se assim acontecer.
Hasta meu bom povo, o post fica feito e o mote realizado, não é do melhor mas é meu e como tal, caguei!

My sound:
Thom Yorke – the eraser

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão…

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Margaritas a mais...

Directamente da minha desarrumada arrecadação para o resto do mundo este velho magano volta à carga que nem a bateria viciada do meu telemóvel (que agora está tão “queque” que até precisa de um “jeitinho especial” para começar a recarregar).
O Post de hoje vai ser um daqueles “As minhas curtas-metragens, as doenças dos novos-ricos”.
Então a história começa mais coisa menos memória assim…
Estava eu no outro dia com os meus primos num bar “semi-selecto” (sim, apenas semi porque nos mesmo selectos não me deixam entrar, dizem que cheiro mal!).
Continuando, estava eu com a minha franciscana (e não, não é nenhuma rapariga do campo), quando um dos meus primos dá a genial ideia de irmos jogar setas (já sei que são dardos mas isso não vem ao caso), depois de uma leve referência por minha parte que estavam pessoas na mesa ao lado lá fomos fazer o gostinho ao dedo (sim, porque o troque está no dedo, o dedão do pé para ser mais preciso).
Jogamos um “criquet” que eu para espanto geral ganhei (sim, estou a babar-me de orgulho! Isto ainda é melhor do que aquela vez em que ganhei ao Zé das pataniscas no concurso dos arrotos).
Bem, ganhei e fomos outra vez para a mesa, o que durou cerca de trinta segundos pois para nosso futuro azar decidimos fazer mais uma partidinha, a meio desta, e quando eu não estava a ganhar.. tum, trummm tum, tum tum (rufar de tambores)…
Levanta-se a “queque” da mesa ao lado do alvo (ela e as cinco “margaritas” que emborcou) e exclama com uns decibéis a mais, “Quem é que me vai pagar o olho se me espetarem com uma seta”…
Uma pequena pausa para sacudir o riso da minha cara… já está!
Tal e coisa, “quero o livro de reclamações”, cadeira vai ao chão, a tipa cambaleia até ao balcão para discutir com o dono do bar, eu brindo com o meu primo (com uma frize limão) à ocasião, coisa e tal, um dos empregados pede-nos desculpa a tipa tropeça nas palavras enquanto discute, eu digo qualquer coisa do género, “mas já foi para aí alguma seta, é que se foi avise” e tal, (isto já são “e tal” a mais), e uma frase que me ficou da tipa foi, “bairros de segunda”.
Ora bem, agora respondo eu por estes bytes inocentes, “bairros de segunda”?! Primeiro, ainda bem porque se fossem de primeira não entravas sua vaca alcoólica, segundo, se fosses uma pessoa minimamente decente já terias aprendido que quem tem razão fala sempre baixo, não preciso de gritar para arranjar apoiantes, terceiro, devias falar menos porque a cadeira caiu ao chão não por causa do teu pé mas sim por causa do teu bafo!
Escusado será dizer que a noite morreu por ali o que me chateou bastante mas “podia ser pior” (frase que o Miguel Esteves Cardoso critica ferozmente, tanto que até emagrece quando o faz).
Isto passou e um novo dia nasceu (muitas horas depois pois era uma e meia da manhã).
Assim de repente vou só fazer referência a uma núncio do tsubasa (a.k.a. Campeões) o que me fez lembrar aqueles contra-ataques que duravam três episódios só para passar a linha do meio campo (tipo os médios do Benfica).
Isso é que era futebol, aquelas bolas curvas (à semelhança dos pés da maior parte dos jogadores portugueses) e aqueles grandes golos com pontapés de bicicleta a uma altura de três andares (o que em nada se assemelha aos jogadores portugueses).
Bem, já chega de memória e de tentar fazer sentido com o que escrevo, um abraço para todos que não cheiram mal e vemo-nos se assim se suceder.
Hasta meu bom povo, paz…

My sound:
Kasabian – reason is treason

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão…