terça-feira, 28 de agosto de 2007

Nomenclatura comercial

Para mostrar que ainda andamos por cá, eu e as minhas incontáveis e incontroláveis “personagens”, lanço mais um Post, que nem pescador a lançar a cana mas com a certeza que o anzol vai ficar preso na boca de alguém.
O tema de hoje mantém a “onda” do anterior e está relacionado com a nomenclatura, desta vez, a nomenclatura empresarial, mais precisamente o nome da companhia / empresa / estabelecimento ou roulote, seja como for, o tema é a mania, cada vez mais crescente, de pessoas darem o seu próprio nome às marcas ou “casas” de comércio.
Ainda por cima existem clichés realmente irritantes do género, “O rei dos cachorros / francesinhas / leitão / porno amador entre outros”, só podem estar a brincar comigo!
O único rei dos produtos alimentares é o Burger King, pois é um nome inglês e como tal só pode significar qualidade e confiança.
Sim, porque embora “Os sofás do Toy” não pareça ser “grande pistola”, o “Toy’s forniture” é outra coisa! Nada como inglesar um qualquer nome para o tornar instantaneamente mais “in”. Eu próprio mudei o meu nome para “King Uish Uwher Mi”, um nome simpático, discreto e simples.
Mas continuando, não há uma festa / concentração de bêbados sem o “sangue azul” em peso a fornecer os comes e bebes à malta, sangue azul pois com tanta salmonela (entre outros) que aquelas carnes têm é dessa cor que o sangue fica.
É o Rei dos cachorros (devem de existir mais de cem e nenhum é franchising) a servir o pão recesso aquecido no micro-ondas com muito molho para disfarçar a cheiro pestilento daquela lata de salsichas, à muito perdida atrás do barril da cerveja.
É o Rei das franchesinhas a encharcar o molho com piripiri (este nome, o piripiri, entra directamente para a lista d’ “Os 50 mais ridículos da nomenclatura nacional”) para ver se vende mais cerveja, ou como lhe gostam de chamar, o “ouro líquido”, se esta estratégia secretíssima não funcionar ataca-se com as hordes de amendoins / tremoços salgados.
O Rei do pão com chouriço é sempre o mais infeliz de toda a realeza pois já não aguenta ouvir, pela milionésima vez, “ó chefe, traga só o pão que eu dou o chouriço”, as primeiras setecentas vezes ainda têm piada mas a partir daí é um bocado repetitivo!
Para mim, o rei dos carrinhos de choque deve ser o gajo com mais queda para o negócio devido à concentração, constantemente presente, de azeite à sua volta. Sempre que penso nele imagino um tipo com vinte e tantos anos agarrado à sua namorada “pré-púbere” enquanto conduz, com uma só mão obviamente, o seu carrinho de choque “descapotável e com uns neons por baixo”. Em vez daquela barra de metal atrás do carro a ligar à rede electrificada que serve de tecto a estas pistas, tem um boné “super cool da Nike”, com uma pala “esticada” especialmente concebida para ele, essa pala, como seria de esperar conduz a electricidade, juntamente com o sinal da “Jamba” para o carro e respectivo condutos, conferindo a este mesmo o ar “electrificado” que lhes é característico.
Até parece que o estou a ver, a acenar para os amigos da “gunalhada united” e a distribuir sorrisos com os seus três dentes para as meninas do sétimo ano da secundário “Padre Luís o teu telemóvel é pior que o meu”.
Passando para o ramo do conforto, não o proporcionado por carros de alta cilindrada tipo “Fiat Uno 45” mas o de objectos mais caros como o caso dos sofás, chegamos ao Rei destes, homem pacato de bigode farfalhudo, residente em Paços de Ferreira, adepto do boné do José Mota, sabe bem o que um cu quer, e a menos que seja o do Cláudio Ramos, o que um cu quer é um bom sofá.
O Rei dos colchões, primo direito, embora sendo esquerdino, do rei dos sofás, sabe bem o que um gajo quer, um colchão suave e macio para quando um tipo chega a casa cair na cama e “chau chau meia-noite”, sim, porque para tudo o resto existe a casa da vizinha, o quintal da Ti Maria e o carro da Marta.
Falando de coisas mais íntimas, como é o caso da roupa interior, eu não percebo qual é a cena de comprar “cuecas” (outro da lista dos 50), a dizer Calvin Klein, é que não estou a ver ninguém a usar umas a dizer Tóni Ferreira!
Pensando um bocado nisso, o que é que isso diz, qual é a mensagem que queremos transmitir, “eu estou à vontade em ter um homem colado ao meu escroto (esta palavra tem muito por onde crescer), já sei que para o White Castel isso é um sonho mas e para os outros?
Bem isto dos nomes tem muito que se lhe diga mas fica para a próxima, um abraço boa gente e já sabem da nova, “chique chique, é ser baleado com uma caçadeira de canos cerrados”
Hasta

Webcomic do dia:
Too Much Information, com humor “para adultos” e uma arte digital “quase a roçar o só para adultos”, é algo de refrescante no mundo das minhas webcomics, não é sobre jogos e tem personagens muito peculiares, dêem uma saltada e comecem a ler desde o início, vale a pena, penso eu.

O meu som:
Editors – munich

Citação do post:
“All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm”
In Enjoy the silence, por Depeche Mode

Prá mãe, pró pai e para o irmão…

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Empréstimos

Este Post salta directamente de um sítio desconhecido, mais concretamente, ou nem tanto, de um pc que nunca foi usado por mim, a ausência de marcas de manteiga de amendoim nas teclas é um indicador.
Sem mais demoras, mas com um novo sabor a amoras, viajamos até ao tema do Post como um campónio no Alfa-pendular, cheios de espanto e vontade de lá chegar.
Ora bem, o tema de hoje é “empréstimos”, foi generosamente cedido pelo noticiário da tarde e reforçado por um programa de notícias que passava na radiofonia.
Pois é, a verdade é que hoje a vida anda pelos caminhos do empréstimo (pensavam que ia dizer amargura não era?).
Ainda no outro dia um gaijo de boné, com a pala a apontar para Saturno, com mais brincos que inteligência veio ter comigo para eu lhe “emprestar” dois heróis.
Ao primeiro pensei, porra, mais um guna a ver se me palma, mas depois olhei melhor e vi que era apenas um actor dos morangos com açúcar a ver se lhe arranjava algum guito para comprar um “coto de açúkar em pó, tas a bêr ó puto”.
Ao que eu respondi, “ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh…. Não!”, pensei ter sido claro mas o gajo foi chamar uns colegas e eu acabei a bater o recorde de cem metros barreiras (basicamente eram velhas qu8e eu ia derrubando enquanto corria) e a ganhar uma nova percepção da expressão “pernas para que te quero”, já que a disse umas quinhentas vezes pois elas (as minhas pernas) fizeram questão de mencionar o facto de estarem cheias de ferrugem e como tal, a imagem que ressaltou da minha tentativa de corrida era a de um miúdo que parecia usar aqueles ferros para as pernas, muito em voga na altura da poliomielite.
Bem, continuando, penso que é correcta a cena de se emprestar dinheiro aos estudantes, aliás, como é que ele ia ter dinheiro para a gorja da stripper, após emborcar sete shots duplos de whisky cola, três caipirinhas (“caipi” para esta nova geração), grade e meia de minis e dois pires de tremoços, já que, como toda a gente sabe, é preciso comer bem se vamos emborcar o consumo médio de água mensal de uma pequena vila, mas em álcool!
Mas penso que o importante não é este empréstimo mas sim os outros, que outros?
Bem, por exemplo, quando vamos comprar um carro e precisamos de um empréstimo, já que estes estão na moda e tal, a conversa deveria ser algo assim:
Começa o bancário:
- Então, precisa de 50000 para o seu novo BMW.
- Basicamente sim, o dinheiro é para o BMW e alguns extras.
- Ai sim, quais? Jantes de liga leve? Bufadeira? Estofos em couro?
- É mais na onda de uns novos airbags.
- Mas penso que o BMW já os trás de série.
- Não, não é para o carro, é para a dona, sabe, para eu me sentir mais rico, carrão e peitão, tudo no mesmo pacote!
- Ok, e para o empréstimo que garantias me dá.
- Eu até lhe dava o meu vencimento mas esse é irrisório, a casa é mais barraco que vivenda por isso também está fora de questão, mas podíamos fazer assim. Você empresta os 50000 ursos e eu empresto a minha sogra.
- Mas…
- Não, não, escusa de agradecer e com sorte ainda leva o meu cunhado.
- Ok!
- A sério?
- ahhhhhhhhhhhh… Não!

Bem, depois desta tentativa de falar de empréstimo, vou dar a mim próprio um pouco de dignidade e prosseguir, para onde?
Boa pergunta.. e que tal tentar montar mais uma vez este cavalo, que nem um condenado à morte na sua última visita conjugal.
Por falar em empréstimos, já repararam naqueles anúncios da cofidis e vida livre e essas tretas, quem é a mente “brilhante devido a tanta cera naquela moina” que cria aqueles escarros visuais, num aparece um tipo que tem tanta qualidade para ser actor como eu para o ballet, com supostamente toda a sua vida atrás dele, a mim não me convence, falta lá o cão, a professora que ele mais gostava e o professor que ele mais detestou, já para não falar do seu primeiro amor, os Ovos Kinder!
Noutro anúncio que prima por manter o nível do anterior, um tipo vai elevando-se no céu enquanto vê os seus sonhos a passar por ele, sim, a passar por ele, ou seja, se a mensagem é algo dentro do “agarre os seus sonhos!”, acho que o anúncio está a correr na direcção oposta.
Há ainda um que começa por dizer que inventaram a roda.. do dinheiro, transformando o que já estava mal em horrível, aquilo basicamente quer dizer que pedir dinheiro é como sintonizar um rádio, um gajo perde montes de tempo e acaba sempre por ter aquilo que não queremos.
Agora que penso mais nisto, acho que os empréstimos (versão depósito) deveriam ser obrigatórios em muitos lados, por exemplo, num restaurante a famelga vai toda junta jantar mas o puto ranhoso de ano e meio não se cala, o que fazer?
Fácil, empresta-se o puto ao empregado, que gentilmente o coloca na máquina da loiça em programa completo, e enquanto o puto se entretém com as bolhas de um lava loiça 3em1 qualquer, a familia distrai-se com o tio bêbado que, parecendo que não, sempre faz menos barulho que o puto.
Nos cinemas, aqueles casais que em vez de verem o filme vão para lá fazer massinha (espero que compreendo esta piada culinária) deviam ser emprestados (ou empurrados) para a arrecadação onde, juntamente com os ratos e ratazanas, podiam enveredar por esse interessante caminho, da troca de casais.
Assim de repente, podíamos, e sei que já o disse antes, emprestar os nosso “mais que honestos sempre que alguém está a ver” políticos, arrumadores e directores da TVI ao estrangeiro, a ver se conseguimos atingir o nível de vida médio na União Europeia, baixando, como é óbvio, o nível de todos os outros. Pormenores!
Devo de confessar que neste momento não me vem mais nada À cabeça, este Post ficou em pausa durante umas horas e agora que o estou a finalizar as coisas estão meio turvas, tipo a água de 98.7% dos nossos rios.
Sendo assim, já que não é de outra maneira.
Hasta meu bom povo.

Webcomic do dia:
VG Cats, pois é, mais uma comic dedicada ao viciante mundo do videojogo. Muito engraçada e com uma arte muito apropriada, “cai que nem ginjas” aos jogadores “hardcore” de videojogos, mas quase todos irão perceber a maior parte das piadas até porque algumas são referentes a jogos que todos (ou pelo menos devia ser assim) jogaram na sua infância, jogos como Super Mário e Sonic.

O meu som:
Eddie Vedder – you’ve got to hide your love away (é uma cover interpretada pelo cantor dos Pearl Jam de uma grande música dos Beatles)

Citação do post:
“I'd like to thank you
For lettin' me know i can feel this way
Feel this way
For lettin' me know i can feel”
In Let Me Down, por Limp Bizkit

Prá mãe, pró pai e para o irmão…

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Shots e nomenclaturas

Aqui vamos nós para mais um igual aos outros, terá dito o novo hiper falado produtor musical Timbaland ao meter mão num qualquer CD de R&B.
Bem, hoje o tema, ao contrário do que se poderia pensar, não é sobre música pré-feita, encomendada e empacotada à medida mas sim algo completamente diferente, “e pá, nem estava a contar com esta nem nada!”.
Hoje o tema surgiu despropositadamente da boca da mulher a quem 98% dos post’s deste Blog são dedicados.
Fui algo assim, “no outro dia bebi um chupito do amor..”, já estão a ver onde isto vai dar certo? Não, então continuem por cá mais um pouco.
Mas que mania, mas que descerebrado, mas que anormal autista se lembrou, pela primeira vez, de dar nomes semi-sexuais ou semi-pornográficos ou os dois combinados sem o semi, a bebidas alcoólicas?
É que a sério, não é assim uma grande ideia.
Eu percebo a piada que possa ter para um bando de meninas com 14 anos, mas supostamente esse não é o mercado alvo (vocês sabem, por causa daquele pequeno inconveniente de ser ilegal a venda a menores de 16 anos), mas para todos os outros (excepto os gunas que nomeiam os animais de estimação com estes mesmos prodígios da linguística nacional) o máximo que pode parecer é um nome ridículo, que de original tem tanto quanto as músicas dos D´zrt combinadas com as dos 4 taste (acabei de dar cinco chibatadas nas costas por ter referido estas duas bandas.. quer dizer, grupos musicais.. não, agrupamentos, hum? Bando de tipos que se juntam aos feriados para um karaoke e uma ou outra pita?!).
Continuando, este “chupito do amor” é apenas a ponta do iceberg, à mais, muito mais.
Começando por exemplo, e isto vindo de uma lista da net, pelo "Mentanela", que eu mesmo sem saber, era gajo para apostar como leva menta e é uma pequena graçola com o nome de garanhão tugaMontanelas”, li que na composição leva tequilla, pois bem, quatro destes e a única coisa que vão montar é a tampa da sanita, isto claro, se tiverem sorte, já que a camisola do melhor amigo ou da tipa que andaram a galar a noite toda é a hipótese mais forte!
O “Fucking chouriço” deve ter sido uma criação de um qualquer grupo de reformados ali da guarda que enquanto se regozijavam a jogar uma manilha, bem regada com maduro tinto e acompanhada pelo belo do porco fumado acharam graça e siga para o mundo do cocktailer profissional!
O “100 octanas” , o “!!sempre a andar!!” (que claramente exagera nos pontos de exclamação) e o “2 fast 2 furious” são, obviamente, criações do grupo sócio-cultural “streetracing 4 ever ortill D cops arive”, idealizados numa qualquer concentração ilegal, com um ambiente “muito legal”, ali para os lados da ponte Vasco da Gama.
A boa gente das drogas "pesadas.. principalmente quando o tipo que as transportava no ânus morre e fica em rigor mortis contribui com o “100% alucinação” (cortesia da malta do Lucy in the Sky with Diamonds) que é o mais bebido por aquelas gajas que no outro dia acordam a olhar para um tecto estranho e à primeira rotação de cabeça para o lado mais infeliz soltam um “parecias o Antonio banderas mas vejo agora que és mais do tipo Toni das beiras” e calmamente, procuram as cuecas até que se lembram que tinham saído de casa sem elas. Por esta altura saem sem sequer se despedirem, a crueldade de alguma gente!
Obviamente, esta malta da pesada gosta da variedade (que é como quem diz, Roubo por esticão ou com seringa) e por isso aumenta o grande léxico do shot nacional com mais uma bebida original, o famoso “cocaína”, que tinha uma grande saída até o maradona entrar pela última vez numa clínica de desintoxicação, sendo que agora apenas é consumido no mundo amador das modelos de segunda (que é o mesmo que dizer “as modelos que não têm dinheiro para uma operação às mamas”).
O grupo étnico das meninas de 14 anos mais In(responsáveis), com a colaboração dos clientes mais assíduos da Jamba via sms, criaram o fantástico “3G”, que basicamente implica um telemóvel de última geração, algum saldo no cartão e uma escrita inteligente que já tenha como pré-definição as palavras “beixinhos”, “abraxos” e outros fiascos do calão nacional para consumo à "buntade".
Para os mais atléticos temos o “Adidas”, que juntamente com o “caganeira” conseguem pôr qualquer um a correr, a questão neste caso não é tanto a velocidade a que o fazem mas sim se é atrás da scooter que acabou de ser palmada, no caso do primeiro, ou até à parte de trás do balcão do MD (Mete-Discos já que Dj’s só se for no estrangeiro, ó colega), no caso do segundo.
O “Alzeymer” (não sei se foi mal escrito de propósito ou por pura burrice), foi especialmente criado para “as gentes dos casamentos”, pois é sempre bom fazer como os peixes e à pergunta, “andas com alguém?”, responder um sólido, “Não me lembro!”.
O infeliz “anestesia” já deve ter arruinado muitas noites a tipos com a mania que são contabilistas (que é como quem diz, pensam que vão facturar todas as noites), pois após dois ou sete destes os membros já não respondem como deviam e o máximo que vão conseguir levantar é a cabeça, da sarjeta, para emitir um sonoro mas imperceptível, “Eu não estou bêbado, isto é culpa do marisco”.
O “Bin Laden” avisa desde logo que pretende declarar terrorismo aos intestinos de quem achar que tem Bucho suficiente para aguentar (esta piada, das duas cinco, ou é muito má ou é tão boa, mas tão boa que devia receber o “prémio Nobel do trocadilho inocente”).
Por falar em terrorismo, o número de shots com a palavra “bomba” e nomes de armas metidas ao barulho, dava para reunir o armamento inteiro de parte de um pequeno exército proveniente de uma grande nação, ou um terço do conteúdo de uma qualquer mochila numa escola mais problemática (daquelas tipo a “Político, advogado ou ladrão, uma questão de vocação”).

Eu até podia referir o número infindável de shots com palavras propositadamente mal escritas que conseguem espremer um “k” ou “x” no meio de tanta vulgaridade, mas isso seria perca de tempo bastando dizer que a malta que criou o “3G” deve ter alguma responsabilidade.
O “Bafo de Bode” é um caso peculiar, pois embora nunca ninguém o tenha de facto bebido, existem vários relatos de meninas assustadas a dizer que o seu actual companheiro deve beber “às litradas dessa nojeira!”, penso que é mais um caso para o “C.S.I.”, ou os já esquecidos, “X-files” investigarem.
A comunidade masculina pré-púbere dá um ar da sua graça, não através da via habitual (concurso da “flatulência arrependida”), mas sim através de duas criações que apenas podiam sair deste tipo de cérebros (pequenos a inexistentes, muito comuns no elenco dos Morangos com açúcar), o ruidoso “Orgasmometro” e o impensável “Esgalhómetro” que pessoalmente, penso ter o nome ideal para um próximo herói da “DC comics”.
Para o fim guardei um que me traz (de uma forma estranha, mas é mesmo assim que isto funciona) recordações do SBSR, o catalisador da memória perdida é o famoso, ou apenas venenoso, “Suck me beautiful”, que embora seja um “rip-off” do filme “American Pie”, conseguiu materializar na minha mente um momento mítico nas bancadas do Sacavenense quando, um bando de gajos que comentavam músicas dos Metallica no dia após o concerto destes, foram interrompidos por um “truetone”, mais precisamente o “you're beautiful” dos James Blunt, cortesia do telemóvel do “açoriano” (era como lhe chamavam), que para terem uma ideia aproximada da ironia da situação, o tipo esteve agarrado ao cavalo uns bons quatro anos (isto do cavalo é uma referencia ao mundo da cavalaria profissional obviamente!), é claro que para aprimorar a situação o tipo tinha "bazado" o que originou um grito colectivo que pode facilmente ser recuperado pelas lindas palavras “Ó’çoreano, é a tua mãeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!” (penso que talvez tenha sido contagiado por um shot já referido e terei carregado “ligeiramente demais” na tecla dos pontos de exclamação, penso que sim, penso que sim).
Bem, por hoje é tudo até porque já não me lembro de mais nada, um bom haja a todos e como sempre…
Hasta meu bom povo!


Webcomic do dia:
Concerned, este comic já concluído, é um dos que mais me fez rir de todos, infelizmente só poderá ser verdadeiramente apreciado por quem jogou Half-life 2 mas para perceberem melhor leiam as notas do autor no fim de cada tira, eu confesso que não joguei e se agora jogar já sei metade do que vai acontecer (yep, eu sou mesmo otário!). Leiam, riam-se e apreciam a arte computorizada que basicamente é o jogo em si.

O meu som:
Alien Ant farmsummer

Citação do Post:
“Se durante o processo de construção,
o autor vos remeter para uma estrutura quase demente
É porque foi usado mais por demais coração
condição absoluta no limiar do obstinadamente.
In pratica(mente), por Sam The Kid


Prá mãe, pró pai e para o irmão…

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Raptagem profissional

Antes de mais, menos destas palavras, quero já dizer que embora possa estar a gozar com o assunto que se segue acho que ele é de extrema importância, principalmente para os pobres dos raptores venezuelanos que sem o dinheiro de resgate não podiam levar uma vida decente e honesta e ainda acabavam por enveredar no mundo da pornografia animal ou pior, mas relacionado, no mundo da politica.
Seguindo em frente…
Estava a ver as manchetes dos jornais portugueses à procura de inspiração para um Post, quando leio no DN on-line que “só em Agosto já foram raptados oito portugueses na Venezuela”, primeiro de tudo é preciso, mais, é imperativo retirar daqui as respectivas elações, primeiro, que a crise em Portugal não está assim tão má já que se oito Tugas foram raptados na Venezuela quer dizer que oito Tugas estavam lá de férias (podiam ser imigrantes mas isso estragava a moral da história), ainda mais interessante é porque é que alguém haveria de querer raptar um português?
Eles comem como lontras, falam demasiado, se forem do Norte praguejam até quando dizem obrigado, se foram do Sul, são tão cínicos que até quando insultam parecem estar a pedir desculpa (irritante!).
Se raptarem um grupo de quatro, como este último, vão passar o dia a ouvir bater cartas ou peças de dominó a cair ao chão, além que só para cerveja será necessário um camião cisterna ou quatro carrinhas de caixa aberta.
O cheiro é discutível, mas a realidade é que naqueles climas quentes (embora agora seja Inverno) os Tugas desafinam, e se não fossem as famosas camisolas de rede com (ou será sem?!) manga caviada (disponíveis em todas as cores desde o branco ao branco), a nódoa de suor seria facilmente perceptível na zona da axila, assim sendo, o suor nas axilas é camuflado pelo enorme tufo de pêlo que herdamos dos nossos primos (literalmente falando para alguns) primatas, infelizmente, a visão dos mamilos de um homem juntamente com meia dúzia de cabelos a sair pelos furos (da camisola de rede, não se percam) é algo para provocar vómitos em jacto.
Ainda mais, ninguém mas mesmo ninguém aguenta ouvir um português a tentar falar espanholês por mais de três minutos o que faria com que os senhores raptores libertassem os portugueses de livre vontade APÓS suicidarem-se!
E assim de repente, os raptores, esses descerebrados, que em vez de raptarem um russo cheio de guita voltaram-se para os portugas, vão pedir um resgate de quantos milhões, é que convém manterem-se na casa dos cêntimos porque se receberem um galo de Barcelos embebedado por um belo vinho do Porto, tudo embrulhado num elegante tapete de Arraiolos já vão bem servidos, e assim de repente quero fazer um apelo aos raptores…
“Ó migos, libertem lá as pessoazitas que nós por cá só temos má programação televisiva e impostos altos!”.
Já agora, esta cena da “raptagem profissional” envolve licenças ou cursos superiores, é que, caso contrário eu era gajo para raptar meia dúzia de directores de programação da televisão portuguesa, quatro ou cinco taxistas, um ou outro velho rabujento e toda a assembleia da Republica e em vez de pedir um resgate, pedia era um Petroleiro para enviar esta gente toda para Cuba, já que, como os cubanos já estão habituados a sofrer nem notarão a presença extra destes Tugas.
Noutro tema relacionado, acreditam que existe uma relação, talvez platónica mas está lá, o estado aprovou um decreto de lei para criar um abono pré-natal, ou seja, vai haver um boom de crianças nos próximos anos em… certos e determinados bairros sociais, pois é aí que se localizam as fábricas de fazer putos ranhosos e barulhentos.
Basicamente o que esta lei veio incentivar foi ao aumento das quadrilhas de assaltantes “por esticão” ou por estaladão, dependendo da altura da vitima.
Por hoje é tudo camaradas…
Hasta meu povo, e esta tinha de ser…

“Oh si carinõ, me gusta!
Se a ti te gusta a mi me encanta!”

Webcomic do dia:
8-Bit Theater, para os fãs de Final Fantasy é indispensável mas para todos os outros é engraçado, necessário conhecer “ao de leve” as personagens para se perceber metade das piadas, o sentido de humor “original” compensa o, por vezes, exagerado texto e pouco desenho. Passem por lá, se possível, pelo início.

O meu som:
Incubus – oil and water

Prá mãe, pró pai e para o irmão…

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Dentalux

Ontem entrei na casa de banho (na minha, não na do Jorge Michael) e reparei num produto com o fantástico nome de “dentalux”, o que achei ser um nome muito apropriado para muita coisa, tipo escape de rendimento num Opel Corsa todo tunning, mas não para um produto de higiene oral, mesmo assim continuei a ler a embalagem e identifiquei logo o que claramente era um indicativo que aquele era um produto para toda a família, “com álcool”, lá está, é para o puto, para o pai, para a mãe e para o avô.
Clarificando, para o puto pois ele precisa de um “acelerador” quando tenta queimar (pela septuagésima vez) a carpete da sala (sim, porque eu ainda acredito que existem casas com carpete na sala!).
Para o pai porque não há nada melhor para limpar o motor do carro, a banca da barraca de ferramentas e aquela mancha de polpa de tomate que nunca sai da melhor (e única) camisa.
A mãe, tal como seria de esperar, gasta meia embalagem de “dentalux” só para retirar o verniz dos “cascos” e para misturar na tinta do cabelo (que é sempre “daquela cor que eu tinha quando era mais nova”), para ver se aquilo rende mais um pouco e dá para uma segunda ou sexta aplicação.
O avô, por sua vez, agradece a compra devido à família já não lhe deixar tomar café com cheirinho e assim já dá para desenrascar, esta proibição deve surgiu após o médico o proibir de beber vinho (ainda tentou mudar a opinião do Doutor dizendo que o verdadeiro culpado era o álcool e não o vinho mas as suas argumentações deviam ter um qualquer defeito gramatical e não foram tidas em conta).
Por falar em nomes ridículos, enquanto procurava (infrutiferamente) nomes de marcas “aparvalhados” encontrei uma lista dos 25 piores nomes de Bandas de música, onde temos gajos que não sabem o que é um acrónimo e apenas curtem pontuar tudo (W.A.S.P.), bandas que parecem surgidas dos tempos da colonização de África (Chumbawamba), bandas que sofrem do síndrome de Dejá vu crónico (The the e Mr. Mister), uma banda, que embora ouça bastante tem um dos piores nomes que podiam dar a um filho (Limp Bizkit, procurem se não sabem o que significa, não traduzam literalmente) e para finalizar, a Banda vencedora, !!! (pronuncia-se, supostamente, Chk chk chk), que embora a ideia até parece ser divertida fez com que se tenha tornado na segunda banda impossível de pesquisar no google.
Bem, por hoje é tudo até porque já é demasiado tarde para o meu gosto, este tema dos nomes irá ser ressuscitado numa data a definir.

Hastalux meu bom povo!

Webcomic do dia:
Least I could do, embora seja uma das bandas desenhadas mais machistas do mundo tem um humor genial, e uma arte muito agradável, principalmente a actual e a anterior. Como não trata de um tema específico é de compreensão fácil para todos, aconselho vivamente a lerem.

O meu som:
A Perfect Circle – imagine

Prá mãe, pró pai e para o irmão…

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Mudanças e modas

No outro dia, que é como quem diz à demasiado tempo para me lembrar ao certo quando foi, disseram-me que no primórdios deste Blog eu, sim, eu, escrevia usando “k’s” para abreviar, incrédulo e já um pouco a desfalecer fui tirar as dúvidas e para meu desgosto e da literatura nacional, o rumor era verdade. Tal como um grande “ladrão” diria, “confere!”
Nada a fazer (na realidade podia editar os post’s mas optei por não o fazer), assumo que há uns distantes e longínquos anos talvez tenha cometido essa calamidade de escrever com “K’s” para abreviar em vez de usar o nosso tão querido e bonito “q”.
Pelo menos posso dizer (penso eu?!), que nunca usei um “x” para abreviar palavras que o contêm como “beijinhos”, viram o “x” certo, não?! Acreditem que está lá, espremido entre os dois “i’s”, no lugar do “j”, se ainda têm dúvidas “googlem” a palavra “beijinhos/beijos ou qualquer outra para ser honesto” num telemóvel de um qualquer adolescente “moranguiano”.
Claro que eu até posso estar a exagerar mas e daí até que nem estou.
Passando à frente, ou desviando ligeiramente para o lado, esta conversa dos “k’s” vem a propósito pois andei, muito ao de leve, quase sem querer, a pensar nas mudanças, não de casa nem de estação mas outras mais corriqueiras e comuns.
No caso em questão, dantes escrevia com “k” agora não, que é o mesmo que dizer, antes tinha parte do lóbulo esquerdo a passar férias no estrangeiro, ali para os lados de Badajós, e agora não.
Mas o que isto me fez pensar é que tudo muda (não vou fazer a piada “mais que reformada” da surda muda, ups! Tarde de mais!), por exemplo, dantes eu agia como uma criança, agora que estou mais maduro porto-me como um chavalo.
Há uns anos eu dava muitos erros ortográficos agora apenas me engano a escrever, recuando alguns anitos é possível ver-me a tirar más notas, agora só tiro notas fracas.
Podia continuar, referindo por exemplo a minha estatura, já que quando andava no secundário era baixo mas agora que cresci sinto que finalmente sou pequeno. Pelo menos no nível humorístico estou melhor pois passei anos a dizer piadas secas e agora são de longe piores.
Mas chega de mim até porque isto não é meu, (por acaso!), não interessa, estive a penar nisto das mudanças e como temos sempre garantido que tudo muda e tal, o que nos leva por vezes (quase sempre) a esperar certas mudanças que acabam por nunca acontecer.
É verdade, ninguém muda apenas mudamos a forma como as vemos.
Mas isto é filosofia de ponta.. e mola, e como tal não vou estar agora a deambular por pontas soltas, amarrando o assunto que nem um Cristo à cruz (penso que acabei de ouvir o meu nome a ser comentado no Vaticano, porreiro, mais gente a dizer mal de mim, “é só amigos!”).
É curioso ver as mudanças, principalmente as sequenciais de um BMW, ainda hoje, melhor, ontem falei disto, há uns anos, cinco ou seis umas All Star custavam duas sandes de queijo e um aperto de mão, agora custam acima de demasiados euros e um filho ou dois sobrinhos. A mesma coisa para as calças rasgadas, que no meu tempo eram símbolo de pobreza e como tal as mães e avós tratavam de esconder, que é como quem diz colocar em destaque, esses mesmos buracos com logótipos da Nike e Adidas, ou de outra qualquer marca, é que nem se notava, perfeito!
Agora estes filhos do papá juntam as mesadas só para ir comprar um par de calças que ao serem descarregadas do camião rasgaram e agora segundo uma qualquer série juvenil são o último grito, sim porque eu acredito que a moda surgiu mais coisa menos tecido assim…
Um certo dia, numa empresa distante que produzia calças muito leves, um bando de maléficos ratos, acompanhados pelas donas (as ratazanas!), arquitectaram um plano para arruinar essa mesma empresa, pela calada da noite, onde apenas o chiar de um bando de maléficos ratos se podia ouvir, eles calmamente entraram a correr, tendo como único objectivo estragar todos os carregamentos de calças e comer uns snacks das máquinas de “vending” e levar uma ou outra T-shirt cor de rosa (tema para ser discutido numa futura ocasião).
Após tal infortúnio, o director da empresa antes de declarar falência, encerrar por um dia a empresa e abrir no outro com novo nome decidiu forrar as calças com um ou outro manequim da moda, tirar uns polaróides e enviar para umas revistas cientificas como a Bravo e a Maria. As coisas até que correram bem, e agora calças boas são rasgadas, deslavadas, coçadas e vendidas ao triplo do preço, o mundo da moda (sim, porque o mundo está subjugado a modas) é fantástico não é!
Bem, por agora é tudo, tenho tempo só mesmo para dizer que acabei de ler (apenas o titulo), que homens mais efeminados são mais fiéis, estudo cientifico hã!
Pois claro, o José Castelo Branco juntamente com o Cláudio Ramos são o expoente máximo de tal frase, pois são completamente ou às postas fieis a si mesmos, até porque mais ninguém lhes pega, nem sequer os forcados amadores da Chamusca.
Hasta meu bom povo, aproveitam o Sol para ficar morenos, queimar a pele ou apanhar uns Cancaros!

Webcomic do dia:
Questionable Content, uma das melhores, com um humor ácido que muitas vezes rossa o negro, tipo loira no mundo pornográfico, é outra que apenas vale a pena ler se viajarem até aos arquivos e começarem do início. Tem como bónus o facto de falar de por vezes falar de música (Indie) o que é um +1 no meu livro, a arte é aceitável sem ser nada de especial, a história subjacente está bem construída dentro do que seria de esperar de uma comic sobre um rapaz indie envolvido num trio “problemático”. Merece a visita.

O meu som:
Bush – letting the cables sleep (a versão com “as cordas” dos Apocalyptica é qualquer coisa de fenomenal)

Prá mãe, pró pai e para o irmão…

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Sorrisos

Hoje (na realidade foi ontem) fui fazer umas compras, ia à procura de uns corsários e acabei por trazer outras coisas, foi um dia normal e curto, tal como todos os dias normais deviam ser.
Acordei cedo, por volta das duas da tarde e tomei um grande almoço para compensar as longas horas de dormida, uma taça (não dos campeões mas para um campeão, pelo menos é o que diz a minha mãe) de Clusters, “cum caneco”, o esquilo sabe o que faz…
Depois de estar com a barriga cheia de ar fui ver um pouco de Tv, que é como quem diz fui ver um pouco de tv, aprendi como se fazem os lápis, o que é engraçado e já agora a Caren D’ache é a maior produtora de lápis do mundo, impressionante para uma companhia com um nome tão rabeta…
Bem, isso e descobrir como se monta uma grua e que o anel rotativo desta tem uns cento e muitos dentes foram os pontos altos da minha sessão cinematográfica.
Depois recebi a mensagem de que estava à espera e “ala que se faz tarde”, siga para as compras.
Lá pode ver algumas coisas curiosas, desde um gajo que parecia um mimo francês a quem só me apetecia atirar uma estante à cabeça, uma rapariga que embora tivesse uma rica prateleira por momentos pensei que ia furar a camisola, uma mulher que parecia vestida para o night attack do Carnaval, uma mãe a empurrar o puto no carrinho com as rodas de trás travadas, deduzi que estivesse a treinar para uma competição de Drift.
Penso que também é de referir que comi um queque que após duas trincas disse algo como “que este queque não é de noz já eu sabia mas como é que eu ia adivinhar que era de chicla”, ou flores ou qualquer substância nojenta.
Depois de ter comparado duas raparigas a atender, uma com um sorriso contagiante e outra com umas trombas igualmente contagiantes (a diferença é que a primeira passava alegria e boa disposição a segunda uma variante de BSE), pensei em como seria se o gajo da morte (o tipo da foice com ar de gótico pobre) nos viesse buscar com aquele sorriso (o da primeira para quem está desatento).
Parece que estou a ver, o gajo a dizer algo como, “então, pronto para ir”, finalizando com um grande sorriso e nós, com os olhos a brilhar, “posso ir só buscar um ou dois colegas”.
Aliás, tudo na vida seria melhor com um sorriso daqueles, era ver os gunas, “ó migo, posso teclar uma beca no teu mobile” com o já referido sorriso e nós a responder algo como, “então não, e pega lá estes dez ursos que tinha escondido nas meias para comprar medicamentos, para a minha “não tão simpática” avó”.
Uma área onde este sorriso claramente faz falta é na segurança social, onde acompanharia na perfeição uma frase corriqueira como “depois de preencher o despacho 124c com três tipos de cores diferentes excepto com o azul oceano e o verde beterraba, fotocopie três vezes frente e verso em folhas que possuam tal condição, suba quatro lanços de escadas, caminha uns quinze metros e retroceda três, retire a senha inútil pois o sistema está avariado e espera três horas até saltar para cima do balcão mais próximo, após receber uma forte reprimenda e uma “carimbada” nos olhos entregue duas fotocópias, guardando uma e rasgando a outra e inicie a viagem até ao rés do chão para retirar mais uma senha e iniciar o processo. Repita o processo umas sete vezes e deverá obter algo parecido com um rascunho do protótipo daquilo que pretendia, obrigado pela paciência”, sim, penso que é ajustado o tal sorriso.
Bem, o dia depressa acabou sem antes eu ter comprado um casaco que só não é de luxo porque o forro é constituído por mim.
Por agora é tudo, mais haverá se assim for caso.
Hasta meu bom povo.


Webcomic do dia:
Ctrl+Alt+Del, não há geek com acesso à Internet que não conheça este comic, é genial, melhor desfrutado quando o leitor possui um passado de jogador fanático de videojogos mas acessível a todos, uma das personagens retrata na perfeição o estado que eu mais gosto de atingir, a completa alienação do real enquanto deambulo pela minha própria mente.

O meu som:
Papa Roach – roses on my grave

Prá mãe, pró pai e para o irmão…

sábado, 4 de agosto de 2007

águas regionais

Ora boas, mais um dia solarento mais uma tentativa de algo incerto.
Antes de dar início ao tema do dia vou apenas salientar a pequena alteração no Blog, que poderá ser encontrada do lado direito da página, sim, esse leitor raro, fruto de um trabalho de génio e com capacidades inimagináveis, salientando apenas duas ele pode tocar música e também consegue reproduzir som (fantástico).
Bem, passando à frente esta pequena novidade irei iniciar a dissecação de mais um tema, hoje a honra (inserir o prefixo “des”), vai para as famosas, mais do que charmosas águas com sabores (e derivados!).
Bem, para começar, água com limão (o factos gás não será discutido) até percebo, iniciou a moda e como quase todas as ideias novas costumam ser (nem que seja pela novidade), até que acabou por ser uma mistura agradável, mas depois surgiu um caso grave de diarreia mental nos “enólogos aquáticos” e tiveram a infeliz ideia de fazer uma água com sabor a todas as frutas que se lembrassem.
Veio a água com sabor a maçã, laranja, pêssego, ananás, groselha, lima (e esta ainda consegue ser pior que a de figo) e outras tantas.
Na minha opinião a loucura já está a exceder os limites do razoável mas já que estamos todos juntos neste barco prestes a afundar num “mar frutado” porque não expandir o mercado das águas e criar o que o povo já pede aos anos… águas regionais!
A ideia ainda está em criação mas será mais ou menos assim, para o mui nobre povo da Invicta será distribuída a “Vital tripalhada”, com uma dose de gás extra especialmente criada para casos de prisão de ventre.
Para o bom povo de Matosinhos, ali junto à lota onde se encontram as mulheres com os maiores pulmões de Portugal seria vendida a “Snize sardinha fresca”, ideal para ajudar na gritaria comercial que é um dia laboral.
Ali para os lados de Bragança seria distribuída a “Pedregulhos alheira”, com uma coloração agradável feita a partir de setenta tons de castanho e amarelo.
Para os lados da Bairrada a inevitável “Lusu porquito”, óptima para acompanhar pratos de pão e moletes.
Na linha de Cascais serão distribuídas, resmas e resmas de “Don perigrinon crustas nº5”, basicamente será uma colecção das melhores águas de torneira, com um leve aroma a ferrugem, santola, caranguejo e camarão tigre (ou gatinho se uma redução de custos estiver na ordem do dia), óptima para aqueles jantares de gala ou churrascadas “à gola”.
As “Cavaleiros de sável” será distribuída em grande escala mas pequena velocidade na planície alentejana, para ajudar a passar aquelas tardes de muito trabalho debaixo de uma árvore qualquer.
As pessoas da Guarda não serão esquecidas, pois, especialmente para elas será criada a “Vidaco perfume de cabra”, uma junção genial de leite caprino com “água estrelar”, tudo misturado numa casaca feita a partir de pêlo canino proveniente daquela zona estranha perto da grande lagoa.
O Algarve e Lisboa receberão, daqui a década e meia a maravilhosa “Camelu ranhoso”, proveniente de viveiros de caracóis da mais elevada reputação, que é como quem diz, dos mais ranhosos!
Bem, por agora e deliberadamente esquecendo o Portugal insular em grande parte por causa do João Jardim, pois ele é a prova como lá de certeza que existem umas águas maradas, sim, porque ninguém faria aquelas figuras de propósito (isto é, à excepção do João Baião e do Jorge Mendes, mas o primeiro recebe umas centenas de euros para tal e o segundo umas centenas de gomas, justificável penso eu!).
Por agora é tudo, até porque desde que comecei a teclar não consegui escrever nada de jeito, deve ser do calor, ou não!
Hasta meu bom povo, e não se esqueçam do creme solar, senão como é que engatam as “babes”…

Assim para finalizar, este Post irá iniciar a moda de “linkar” a uma webcomic da minha preferência, por duas razões, uma é porque eu quero e a outra é porque eu assim o desejo.
Como tal…

Webcomic do dia:
MegaTokyo, foi o que iniciou o vício e é um dos que apresenta melhor arte, apenas aconselhável a ler se estiverem dispostos a ir ao arquivo e começar do início, o longínquo início.

O meu som:
Rádio Macau – porque não me vês

Prá mãe, pró pai e para o irmão…

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Hoje sou... camionista

De volta a carga que nem o coelho da duracell depois de ter saltado para cima de uma coelhinha “playboyana”, volto em força para resgatar mais um daqueles (prestes a ser) míticos “Hoje sou…”.
Sim, vou arriscar a encarnação de mais um figura peculiar da nossa sociedade, esse elemento essencial para o desenvolvimento científico da piada fácil, graçola conveniente ou piropo convenientemente inconveniente.
Não, não vou encarnar esse indivíduo de intelecto desconhecido ao contrário do seu rego do cu, não vou falar dos nossos bravos do selvagem e cervejante mundo da construção civil, não, hoje o alvo são os herois do pedal, os camones do rádio-transmissor, os loucos da buzina… Hoje sou Camionista!

Acordei cedo no beliche da cabine, mesmo ao lado da minha menina, ela, como sempre, acorda perfeita com os seus cabelos da abençoados pela cor do sol e um sorriso que faz derreter um iceberg, infelizmente sinto que está na hora do adeus, até porque hoje é um novo mês e tenho de mudar de folha no calendário, bem, adeus miss Julho, Buenos dias miss Agosto!
Antes de saltar para o trono e fazer-me à estrada, aproveito para ir tomar um cafezinho (ou uma cerveja se por acaso houver tremoços) num tasco mesmo aqui ao lado, na famosa terra de cascos de rolha, depois do cruzamento ao fundo do nada.
Dou um jeito à barriga para descer pelas minúsculas escadas da cabine, cada vez mais sinto que estas escadas não foram feitas para mim, principalmente na hora de as subir.
Bato com toda a força a porta do camião TIR surpreendido, mais uma vez, pelos vidros não estarem estilhaçados, “aqueles gajos da areia quente devem saber o que fazem!”.
Atravesso a rua, evitando atropelar os veículos que se deslocam na minha direcção esforçando-se por não se desviarem a tempo, chego ao outro lado salvo mas não são pois sinto que tanto esforço provocou-me uma fraqueza.
Para restaurar as minhas reservas de glicose (e principalmente gordura) mando vir duas torradas, não fosse a primeira estar estragada e uma “meia de leite mas em vez de leite use cerveja e substitua o café por uns amendoins ou derivados”.
Após um rápido pequeno-almoço que apenas incluiu mais uma cerveja, uma leitura rápida d’A Bola, um olhar de relance pela secção “relax” do JN e um breve debate com uns ilustres desconhecidos sobre a importância do novo extremo do Benfica para a economia Global fiz-me à estrada que nem um carteirista aos utentes do metro de Lisboa, rápido e a evitar a policia!
Já estou a rolar há algumas horas e como tal decido parar para jantar.
Sim, jantar porque para cumprir prazos não parei para almoçar, tendo apenas comido duas sandes de presunto enquanto emborcava três minis SB, realizando simultaneamente a incrível proeza de conduzir com os joelhos e meter mudanças com o cotovelo.
É com orgulho que digo, “sou um Berdadeiro artista do mundo Circulense!”.
Para num restaurante de luxo, que é como quem diz, os talheres não são servidos directamente do bolso de trás dos empregados.
Peço uma punheta de bacalhau, mas como não havia aproveito e “boto abaixo” um Buxo com molho verde, bem regado com verde branco de pressão, “qualidade acima de tudo, menos do preço!”.
Após um café com cheirinho e dois “bagaços do patrão” arranco para mais duas ou três horas de camionagem profissional.
Infelizmente as ilustres serventes da estrada não pegaram ao serviço por estes lados como tal não haverá “pit stop” (podia agora inserir uma piada óbvia mas já saí da escola primária, fui expulso para ser mais correcto) para ninguém, obrigando-me a uma pequena luta de “cinco contra um” e a desperdiçar o meu último rolo de papel higiénico, a vida é chata!
Pouco antes de adormecer aproveito para fazer um pouco de exercício físico, nomeadamente, 50m barreiras até ao caixote do lixo e 50m bruços de volta, pois já só consigo arrastar-me.
O dia foi bom mas por hoje “tá feito” como tal vou ressonar para o meu beliche que cada vez parece mais pequeno dos lados, amanhã vou aproveitar para telefonar À dona para ela não se esquecer de marcar a depilação às costas, já que eu não quero chegar a casa e deparar-me com um urso.
Bem, hora de fechar a pestana e tentar ver aquela ruiva que passou por mim de descapotável ali para os lados daquela terra depois do monte.

Por agora é tudo, um grande abraço para todos que forem largos de tronco ou inchados de pulmões (um sorriso malandro acabou de se desenhar na minha cara).
Hasta meu bom povo, “para todos umas grandes férias, para os restantes, trabalhar é lixado mas necessário!”.

O meu som:
The Go! Team – bottle rocket

Prá mãe, pró pai e pró irmão…