Nomenclatura comercial
Para mostrar que ainda andamos por cá, eu e as minhas incontáveis e incontroláveis “personagens”, lanço mais um Post, que nem pescador a lançar a cana mas com a certeza que o anzol vai ficar preso na boca de alguém.
O tema de hoje mantém a “onda” do anterior e está relacionado com a nomenclatura, desta vez, a nomenclatura empresarial, mais precisamente o nome da companhia / empresa / estabelecimento ou roulote, seja como for, o tema é a mania, cada vez mais crescente, de pessoas darem o seu próprio nome às marcas ou “casas” de comércio.
Ainda por cima existem clichés realmente irritantes do género, “O rei dos cachorros / francesinhas / leitão / porno amador entre outros”, só podem estar a brincar comigo!
O único rei dos produtos alimentares é o Burger King, pois é um nome inglês e como tal só pode significar qualidade e confiança.
Sim, porque embora “Os sofás do Toy” não pareça ser “grande pistola”, o “Toy’s forniture” é outra coisa! Nada como inglesar um qualquer nome para o tornar instantaneamente mais “in”. Eu próprio mudei o meu nome para “King Uish Uwher Mi”, um nome simpático, discreto e simples.
Mas continuando, não há uma festa / concentração de bêbados sem o “sangue azul” em peso a fornecer os comes e bebes à malta, sangue azul pois com tanta salmonela (entre outros) que aquelas carnes têm é dessa cor que o sangue fica.
É o Rei dos cachorros (devem de existir mais de cem e nenhum é franchising) a servir o pão recesso aquecido no micro-ondas com muito molho para disfarçar a cheiro pestilento daquela lata de salsichas, à muito perdida atrás do barril da cerveja.
É o Rei das franchesinhas a encharcar o molho com piripiri (este nome, o piripiri, entra directamente para a lista d’ “Os 50 mais ridículos da nomenclatura nacional”) para ver se vende mais cerveja, ou como lhe gostam de chamar, o “ouro líquido”, se esta estratégia secretíssima não funcionar ataca-se com as hordes de amendoins / tremoços salgados.
O Rei do pão com chouriço é sempre o mais infeliz de toda a realeza pois já não aguenta ouvir, pela milionésima vez, “ó chefe, traga só o pão que eu dou o chouriço”, as primeiras setecentas vezes ainda têm piada mas a partir daí é um bocado repetitivo!
Para mim, o rei dos carrinhos de choque deve ser o gajo com mais queda para o negócio devido à concentração, constantemente presente, de azeite à sua volta. Sempre que penso nele imagino um tipo com vinte e tantos anos agarrado à sua namorada “pré-púbere” enquanto conduz, com uma só mão obviamente, o seu carrinho de choque “descapotável e com uns neons por baixo”. Em vez daquela barra de metal atrás do carro a ligar à rede electrificada que serve de tecto a estas pistas, tem um boné “super cool da Nike”, com uma pala “esticada” especialmente concebida para ele, essa pala, como seria de esperar conduz a electricidade, juntamente com o sinal da “Jamba” para o carro e respectivo condutos, conferindo a este mesmo o ar “electrificado” que lhes é característico.
Até parece que o estou a ver, a acenar para os amigos da “gunalhada united” e a distribuir sorrisos com os seus três dentes para as meninas do sétimo ano da secundário “Padre Luís o teu telemóvel é pior que o meu”.
Passando para o ramo do conforto, não o proporcionado por carros de alta cilindrada tipo “Fiat Uno
O Rei dos colchões, primo direito, embora sendo esquerdino, do rei dos sofás, sabe bem o que um gajo quer, um colchão suave e macio para quando um tipo chega a casa cair na cama e “chau chau meia-noite”, sim, porque para tudo o resto existe a casa da vizinha, o quintal da Ti Maria e o carro da Marta.
Falando de coisas mais íntimas, como é o caso da roupa interior, eu não percebo qual é a cena de comprar “cuecas” (outro da lista dos 50), a dizer Calvin Klein, é que não estou a ver ninguém a usar umas a dizer Tóni Ferreira!
Pensando um bocado nisso, o que é que isso diz, qual é a mensagem que queremos transmitir, “eu estou à vontade em ter um homem colado ao meu escroto (esta palavra tem muito por onde crescer), já sei que para o White Castel isso é um sonho mas e para os outros?
Bem isto dos nomes tem muito que se lhe diga mas fica para a próxima, um abraço boa gente e já sabem da nova, “chique chique, é ser baleado com uma caçadeira de canos cerrados”
Hasta
Webcomic do dia:
Too Much Information, com humor “para adultos” e uma arte digital “quase a roçar o só para adultos”, é algo de refrescante no mundo das minhas webcomics, não é sobre jogos e tem personagens muito peculiares, dêem uma saltada e comecem a ler desde o início, vale a pena, penso eu.
O meu som:
Editors – munich
Citação do post:
“All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm”
In Enjoy the silence, por Depeche Mode
Prá mãe, pró pai e para o irmão…