terça-feira, 22 de novembro de 2005

Pintabolas

Olhó post fresquinho, acabadito de sair da lota, têm do pequeno que até a cabeça marcha e do grande que até a boca arrota.
Mais uma vez os mecanismos que me compelem a comer, cagar e dormir, compelem-me a escrever um novo post, sim, mais um, sim, este mesmo, exacto, este!
Por onde começar agora que o inicio já foi com o galheiro, bem, talvez por aqui…
Hoje é terça e passar a mão pelo braço esquerdo sinto as mazelas que dois dias seguidos de “pintabolas” provocam num corpo menos protegido (claro que comer com um tiro a metro e meio em certas zonas tem tendência a deixar marca (Nike, adidas, puma and sou oni and sou oni).
Bem, isto foi mais qualquer coisa menos qualquer coisa assim, no Domingo aproveitei a tarde para ir dar uns tiros, matei alguns, outros fizeram o gosto ao gatilho em mim e pronto, chegou ao fim do dia, foi porreiraço, sempre “nu cumbibio”.
Durante a noite de domingo recebo um telefonema a perguntar se eu não queria ir jogar no dia a seguir contra uns tais de Diego, Ibson ou mesmo Helton, quem?! Não conheço…
Pois é, lá chegou a segunda à tarde e lá cheguei eu ao campo, com vontade de aniquilar uns futeboleiros pelas não tão boas exibições de há uns tempos…
Assim de repente o problema é que nestas cenas não é só a vontade que conta, uma cena que me fazia falta e que eles tinham em excesso era dinheiro para bolas (eles por cada jogo gastavam tantas bolas como eu num dia).
Nada de grave, entro no segundo jogo e embora tivéssemos mais dois perdemos, eu fui morto por um “midnight” qualquer que enquanto uns davam-lhe fogo (ou será tinta?) de cobertura apareceu-me em cima (salvo seja) com um rende-te, e eu naquela do fair-play espetei-lhe duas à queima que terão deixado marca, claro que sendo ele tão escuro como uma rua acabada de alcatroar nem as devia de ver ao espelho.
Noutro jogo, por mero acaso, mas é que foi mesmo um mero acaso, eu fui o último a morrer da minha equipa, resultado? Dois a tentar atacar-me enquanto um aparece de lado e oferece-me um relógio novo (não perceberam? Peçam para ver o meu pulso).
Nesta altura já ouço umas vozes ao fundo do cpu a perguntar, e não ganharam?
Então não, ganhamos umas… pelo menos… quer dizer no mínimo… uma vez!
Yep, uma e não digas que vais daqui, a equipa da fac tem a agradecer ao Tex pelo feito, ao que parece eles esqueceram-se de proteger o lado direito como acontece quando o lateral direito sobe pró ataque e depois fica nas covas!
Bem, ao todo só devo ter morto uns cinco ou seis gajos, porreiro porreiro foi dar dois tiros no cu dum a cerca de metro e meio, e sim, é merecido porque no Domingo vim embora com um sorriso na cara, menos vinte e tal euros e uma pisadura, na segunda vim embora com meio sorriso na cara, menos vinte euros no bolso e quatro ou cinco “medalhões” para mais tarde recordar.
Estou todo partido, pareço um vaso de porcelana chinesa depois de passar pelas mãos de um bêbado que tinha acabado de limpar os ouvidos e assim só por acaso aproveitou a cera como creme hidratante para as mãos!
Bem, a cena do “Pintabolas” fica por aqui… mas o post não.
Aproveito estes breves minutos de antena que nem deputado de um partido menor aproveita em tempo de eleições para falar de uma cena que vi no outro dia.
Eram cerca das sete e já o céu tinha escurecido, olho para o lado e vejo nas traseiros dum prédio que se situava a dez metros de uma qualquer C+S dois casalitos (com toda a maturidade que os seus catorze anos permitiam), a comerem-se lado a lado.
Paisagem típica, ambas as raparigas estavam contra a parede, e enquanto que um dos rapazes representava o ar de “ya és boa e amanhã vais continuar a ser por isso deixa-me saborear a tua chiclete de mentol” e nas calmas ia “trabalhando”, o outro era o real caso de “caralho, acho que o facto de estar escuro levou a que ela me confundisse com outro, é melhor sacar-lhe já o soutien não vá a gaja abrir os olhos e assustar-se!” e era só vê-lo a trepar pela miúda acima como um montanhista maluco a praticar “speed climbing”. Devo de acrescentar que vi isto tudo em apenas dez segundos, nada mau hein?! Sou mesmo perspicaz, até já sei acabar o sudoku e tudo, acho que tenho genes recessivos de génio…infelizmente foram subjugados pelos dominantes de Zé portuga!
Bem, para já, para já ficamos por aqui (na verdade não é bem aqui já que falta a despedida do costume mas pronto, é para preparar os leitores. Leitores? Quem?).
Hasta meu bom povo que a Super Bock vos acompanhe e que o tremoço nunca falte.

My sound:
Depeche Mode – i want it all

Prá mãe, pró pai, pró irmão, pró gato (ó meu grande felino da meretriz, ou começas a vir prestar homenagem cá a casa ou não te menciono mais, deve ter medo de mim, afinal de contas ele é mesmo um pussy) e pró velho do cão…

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

"miúdas do umbigo"

Mais um dia mais um Post, mais uma decisão governamental mais uma pedra no navio que já esteve mais longe de se tornar um submarino (querem interromper as obras do Metro interrompam "masé" o caralho que vos enrraba).
Dito isto vou passar à parte séria deste post, à critica corrosiva plenamente justificada e apoiada sempre por uma base teórica acima de qualquer refutação.
As “miúdas do umbigo”! Sim, essas grandes malucas serão o tema principal deste Post, depois de ver a minha teoria reformulada pelo omnipresente sempre contente “Homem da batata frita” decidi passar para o mundo virtual a teoria irracional.
Ora bem, vou começar por definir as “miúdas do umbigo”, sim, essas raparigas que caminham todas airosas pela cidade com o umbigo à mostra faça chuva ou faça sol, tenham um stock de pneus michelin a adornar o umbigo ou uma barriga perfeita (para mim é aquela que faz uma espécie de “V” ao chegar ao monte de Vénus, impossível descrever, impossível resistir!), estas miúdas são aquelas que andam sempre de cabeça erguida sejam um monumento em exibição no Louvre ou uma estátua toda cagada numa qualquer praça pública.
Estes seres interessantes sorriem sempre de maneira dissimulada ao ver uma cabeça a girar na sua direcção, seja essa cabeça preenchida por um ar de admiração ou de repugno, tudo serve, o importante é estar no centro das atenções, para mim, o importante era que algumas estivessem no centro da linha do Metro, assim tipo, quando ele estivesse mesmo para passar por cima delas (de repente parece que estou a ouvir o Darth Vader a rir-se, ou será tossir com estilo?!).
Bem, vamos avançar para o centro da questão tal como o Hugo Almeida avançou para o centro da área e espetou o primeiro aos “Milkas”.
Estas meninas de umbigo à mostra andam assim por três razões, uma é que para algumas delas não existe tamanhos suficientes e o XXL só estica até um certo ponto, outras vestem-se assim porque lá em casa ainda ninguém se apercebeu que certa roupa encolhe com água quente, mas o motivo em comum é o ódio que nutrem pelo cotão no umbigo, sim, esse vírus sintético ou cem porcento lã, esse arruinador sem escrúpulos de explorações incógnitas por terrenos venusianos.
Pois, pois é, o terror do cotão já levou muitas mulheres ao desespero, levando-as a tomar medidas extremas como andar completamente tapadas (tipo pinguim, talvez o melhor será mesmo comparar ao animal mais próximo deste, as freiras) ou a seguir uma filosofia totalmente oposta (ou será que não?), andarem todas nuas, como vieram ao mundo ou se mantém nele, tipo Pamela Anderson ou uma rameira desse género.
Estas meninas, que por não terem cotão no umbigo se julgam acima do resto, pensam que lá por o umbigo delas não estar ligeiramente coberto por uma camada multicolor de fibras cem porcento algodão não serviu para trocar merdas com a mãe, minhas filhas, já passou por aí muita papinha… e tabaco e álcool no caso de algumas!
Não tenho muito mais a dizer acerca deste tema e como tal o caso das “miúdas do cotão” fica pendente até novas actualizações, para continuar na mesma linha de pensamento vou falar da seca que apanhei há dois dias na paragem da “camunete”.
Quantos minutos? Ouço alguém a perguntar do fundo do monitor.
Minutos?! Era bom, duas horas e “é prá amigos”.
Como é isso possível pergunta outra voz meia arrabetada, é simples, à e tal um gajo vai ao Bessa ver os patrícios qualificarem-se e com sorte trazer o Europeu Sub-21 para Portugal e depois de apanhar o metro chega à conclusão que perdeu a “camunete” por menos de dez minutos, sem stress, há uma daqui a uma hora (supostamente às 23:35). Para “queimar” tempo aproveito para ler “A causa das coisas”, recomendado por je!
Olho para o relógio e reparo que são 23:25 e penso bem ainda tenho dez minutos vou ler mais um bocado, antes de colar os olhos no livro vejo uma “camunete” a aparecer e leio na frente desta “Pegaso” e claro o pensamento subsequente só podia ser “nã, não pode ser a minha!”.
São 23:45 e eu começo a pensar que acabei de me foder, consulto o horário apenas para constatar que a “camunete” era às 23:25 e que a próxima seria volvida uma hora.
Começo a ser invadido por aquele sentimento quente e aconchegante a que alguns chamam de raiva, até vinha a calhar já que tinha deixado de sentir os dedos dos pés à meia hora atrás.
Tento controlar-me para as raras pessoas que iam passando não se aperceberem, felizmente (e isto sim é um sinal que as coisas até que não estavam assim tão mal), o meu leitor de mp3 não me deixou ficar mal e acompanhou-me naquela espera solitária sem sequer ranhosar uma vez!
O relógio da estação de metro que ficava mesmo em frente ultrapassa já a 00:25, ao fundo, que nem Dão Sebastião surge uma “Pegaso”, por entre o nevoeiro, primeiro pensamento, nã, esta não é, mais uma vez a estrela da sorte ilumina-me e um tipo faz paragem à “camunete”, olhando para a lateral desta vejo umas letras familiares.
“Ops” é esta!” entoava no vazio que preenche quase a totalidade do interior do meu crânio, entrei, sentei-me e rangi os dentes, mas finalmente estava a caminho da minha caminha!
Só mais uma coisa acerca da “camunete”, era a última, assim de repente se perdia aquela era acordar o mano ou caminhar umas duas horas, duas e qualquer coisa até casa, o que em termos desportivos não seria assim tão mau!
Já se ouve o rufar dos tambores ao fundo e como tal chegou a hora de encerrar a sessão.
Hasta meu bom povo, continuem a apoiar Portugal como sempre mas para variar experimentem faze-lo fora dum estádio!

My sound:
K-os – The Love Song (sim, é o sonoro do Vodafone Now)

Prá mãe, pró Pai, pró irmão, pró merdoso do gato que nunca vejo e que já nem sei se alguma vez existiu e pró velho do cão que hoje aproveitou a fuga para roubar um osso, só tenho duas palavras, “Bem Jogado Cão”

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

olha uma bola colorida!!!

Seguindo o conselho d’O senhor batata frita este Post vai ser dedicado a uma possível futura modalidade olímpica, sim, essa mesmo, o Paintball, e mais concretamente da minha primeira experiência no campo das bolas de tinta.
Sábado de manhã... acordo cedo demais para quem se deitou a más horas, “na faz mal”, quatro horas de sono deverão ser suficientes, cravo boleia ao sonolento do meu irmão que com me retribui um agradável...“Não me voltes a pedir nada às duas da manhã, não reparaste que eu não estava bem acordado! Da próxima vais a pé!”, amor de irmão, coisa bonita!
Passando à frente o encontro dos “irmãos de armas” e saltando directamente para arena do “unreal”, não?! estarei a misturar realidades?!... e saltando directamente para o complexo de armazéns onde a batalha iria ter lugar!
Era uma zona engraçada, muito Kosovar se é que me entendem, o maior defeito era os literalmente milhares de vidros espalhados pelo chão, uma travagem mal feita e era viagem certa até ao hospital mais próximo catar vidros do cu como carraças dum cão vadio!
Bem, as máscaras foram colocadas e o sinal foi dado, primeiro “round”, acerto numa rapariga (rapariga esta que mais tarde tornou-se na vítima do meu único "headshoot", devo admitir que os cinco metros que nos separavam levou-me a gastar umas vinte bolas antes de conseguir acertar, desculpa lá quaquer coisita!) e morro logo de seguida, isto até podia ser um bom presságio mas a verdade é que morri no round a seguir sem sequer ter disparado.
Um dado interessante no primeiro “round” prende-se com o facto de eu ter sido o único “sweet” a morrer, tendo a minha equipa aniquilado os terroristas por completo (pois claro, o elo mais fraco já estava de fora!)
Mudou-se de arena e tal, e um gajo até que foi disparando e… e morrendo, cagativo digo eu!
O meu amigo batata frita estava numa “rampage” descomunal acumulando mortes atrás de mortes parecendo um soldado norte-americano a sofrer de “vietenamite” (poisé! e quando um gajo sugere que ele qualquer dia passa-se e leva uma “Tippmann 98 custom” para a faculdade e começa a fuzilar uns profs, pintando as paredes de vermelho (ou verde, ou laranja, ou qualquer outra cor dependendo das bolas) ele pensa que um gajo está na brincadeira!
O dia continuou e tal e quase no final da tarde apareceram dois tipos que participam no campeonato nacional de paintball, verdadeiros “hitman’s” um deles até tinha roupa da tropa!
O que dizer sobre estes gajos que nas costas tinham o quíntuplo do número de bolas que eu gastei no dia inteiro, é do tipo, num dos jogos de speedball que realizamos um deles gastou trezentas bolas, para terem uma noção mais colorida esse mesmo tipo no jogo a seguir ao ver-me atrás duma janela partiu esta e fuzilou-me completamente (com tinta e com vidrinhos que supostamente estavam a proteger-me!).
Felizmente não me cortei, menos azar teve outro tipo que uma hora antes, ao passar por debaixo de uma janela levou com um vidro na cabeça, nada de grave… apenas uma viagem ao Hospital, quatro pontos na moina e vinte “euróis” a menos! (as melhoras Pitt)
Bem, o dia não terminou sem um três contra dois em que os três (eu e mais dois claro) levaram uma abada, principalmente este que subscreve!
Para acabar a sessão de “tiro neles” uma mano a mano contra "O senhor das batatas fritas" (devo dizer que tinha a máscara toda embaciada e embora não estivesse a ver um corno isto não serve de desculpa), resultado… logo para abrir levo um tiro na ponta da p…, depois escondo-me atrás duma parede, à primeira que espreito levo com uma bola de tinta na boca, largo um “Foda-se!” bastante sonoro e volto a espreitar e… apoisé! nem mais, como logo com outra na boca, em dez segundos levo duas na boca e nem um jantar à luz das velas ou uma ida ao cinema me ofereceram!
O homem das batatas já mal se aguentava de tanto rir, eu ia aproveitando para decifrar a composição química da tinta, conclusão, os ovos Kinder são melhores!
No final das contas, o dia foi bastante bom, as minhas sapatilhas é que não acharam o mesmo e como tal ainda estão de molho (não sei se sabiam mas misturar tinta com óleo mancha as sapatilhas, é só prá avisariii!)
Para terminar devo dizer que o "momento alto" da tarde foi quando "O homem das batatas fritas" estava a ser evitar ser fuzilado e eu e mais outra rapariga aproveita-mos para aliviar-lhe o sofrimento!
Bem, este Post está quase, quase a acabar e como tal chegou a hora da despedida habitual, com um abraço forte tipo anaconda e um beijinho doce tipo ciclóstomo (se não sabem o que é vão procurar que isto não é nenhuma enciclopédia!)
Hasta meu bom povo, aproveitem o vosso tempo da melhor maneira, caguem dentro do penico para não sujarem o chão e limpem o cu de baixo para cima pois os tomates não são para estrumar!

My sound:
Black Mastah – Desabafos

Prá mãe, pró pai, pró irmão (boa sorte para esta nova aventura que começas), pró merdento do meu” gato que aparece ainda menos vezes que o Castelo Branco na cama da Betty e pró velho do cão…