Frases curriqueiras
Entre um tempo morto e outro a caminho este post surge, cresce e dá voz a pensamentos que deviam nascer mudos.
Hoje o tema será um de muitos, pela introdução será fácil perceber que não fará muito sentido e que eu ainda não escolhi nenhum.
Pois bem, vou falar de algumas frases clichés…
Vou começar pelo frase mais ouvida antes de uma peça de teatro começar, “muita merda” grita um “pretendente-a-actor” para um semi-actor que sobe ao palco.
Vamos lá ver, muita merda?
Talvez eu não seja desta geração ou talvez esta geração não deva pertencer a ninguém, seja como for, regra geral sempre que me diziam que tinha feito merda era porque já tinha estragado alguma coisa, e sendo assim será que este “pretendente-a-actor” está a desejar má sorte ao outro para lhe roubar o papel de terceiro figurante em reserva para peças excepcionalmente fracas?
Ou então estará este individuo abichanado e feio de mais para fazer cinema à espera que do nada, ou da cabeça do encenador, surja um balde de merda e cubra o “semi-actor”?
Numa perspectiva de cruzamento linguístico, os ingleses usam o “break a leg” que embora menos fedorento contém uma carga de dor muito superior, talvez eles tenham a noção que mais de metade das suas peças são entediantes e andam à procura de uma desculpa para terminarem a peça mais cedo.
Outra frase, ou melhor, palavra que se usa muito em Portugal é o “santinho” quando alguém espirra, coisa que eu ainda não percebi, quer dizer, os santos eram pessoas com gripe crónica? Ou de cada vez que alguém espirra para cima de outra pessoa está a cometer uma boa acção, é que se assim for eu acho que a religião devia rever a tabela das boas acções, pois ter alguém a arrebentar os tímpanos alheios de cada vez que espirra e ainda dar banho de muco nasal a quem não pediu não me parece coisa duma santidade, digo eu!
Relacionado com o “santinho” está o “Deus te abafe” que eu já ouvi mas nem por isso percebi.
Mas tem mais lógica, ou seja, um tipo espirra e outro remata logo “Deus te abafe” para que este morra asfixiado e não volte a poluir o ozono com germes e vírus sazonais.
Uma das minhas expressões favoritas (que o meu primo adora dizer à zezé camarinha) é “como um burro a olhar para um palácio”, isto referente a por exemplo um homem do campo a olhar para a Internet ou um rapaz no início da puberdade a descobrir um saco de revistas pornográficas debaixo da cama do pai.
Quer dizer, a semelhança entre o boi e o homem do campo talvez exista mas agora na outra situação não vejo o que o “cu tem a haver com as calças”.
Outra expressão muito ouvida em conversas de café sem sentido é “não me lixes”, analisando tal afirmação numa perspectiva trolheira quer isto dizer que a conversa está a desgastar um deles, deixando-o completamente liso, ou seja, “já foi na cantiga”.
Sendo assim, quem está a lixar está a roubar o amigo ou está a dar-lhe um tratamento de beleza, limpando-lhe a pele?
Quando as coisas correm mal não há nada como um “raios me partam” para sentenciar a situação, mas eu estive a pensar e se de facto alguém for atingido por um raio a probabilidades de se partir são poucas, pelo seu lado as probabilidades de ganhar um novo penteado são muito reais, além de que se a situação está mal um raio não seria coisa para a piorar?
Nada como numa conversa interromper a antecipar a outra pessoa para esta disparar um “tiraste-me a palavra da boca”, mo que eu penso que para além de ser uma invasão à privacidade é coisa para provocar ciúmes num possível namorado(a). E uma coisa é certa, isso de tirar coisas da boca não poderá propagar doenças infecto-contagiosas?
E se a outra pessoa não tiver lavado os dentes será razão para dizer que aquela conversa “cheira mal”.
Uma expressão que acabei de ler na net é ser do “clube arrebenta canelas” que “serve que nem uma luva” a um lavrense que eu cá conheço, já agora, um abraço para as gentes de lavra.
Nada como ameaçar alguém com um “estás aqui estás a comer” para pôr este em sentido mas será que ele de facto deveria temer tal coisa, é que para além das gajas que sofrem de anorexia não vejo mais ninguém que tenha medo de comer, aliás, para mim isso é razão para correr até ao “aqui”.
A expressão “armar-se em carapau de corrida” é sem sombra de dúvida uma que figura na lista “Os mais infelizes dizeres populares”, ó meus amigos, o carapau corre? Não, ele no máximo nada em sprint, além que não estou a ver um carapau com um capacete a dizer mundial de ralis”.
E isto do armar-se quer dizer que o gajo está a por dois carapaus no coldre e usar as espinhas destes como munições?
Geralmente quando um português suspeita de alguma coisa diz que ali “há gato”, o que se for numa lixeira ou peixaria até que é compreensível mas na maior parte das vezes esta expressão refere-se a um problema mecânico ou uma conta mal feita e se no primeiro ainda à possível haver de facto um felino a segunda já roça o impossível.
Quando ouço alguém dizer que as “paredes têm ouvidos” costumo fazer um ar de enjoado pois provavelmente estou rodeado de cera.
Infelizmente ou não este post ficará por aqui pois hoje estou mesmo desinspirado (tal como na maior parte das vezes” e já não “estou com pica” para escrever ou pensar, como tal vou ver um concerto dos D’ zrt para arrebentar as sinapses que me restam.
Hasta meu bom povo e falamos quando tivermos oportunidade.
My sound:
Johnette Napolitano - suicide note
Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão
Hoje o tema será um de muitos, pela introdução será fácil perceber que não fará muito sentido e que eu ainda não escolhi nenhum.
Pois bem, vou falar de algumas frases clichés…
Vou começar pelo frase mais ouvida antes de uma peça de teatro começar, “muita merda” grita um “pretendente-a-actor” para um semi-actor que sobe ao palco.
Vamos lá ver, muita merda?
Talvez eu não seja desta geração ou talvez esta geração não deva pertencer a ninguém, seja como for, regra geral sempre que me diziam que tinha feito merda era porque já tinha estragado alguma coisa, e sendo assim será que este “pretendente-a-actor” está a desejar má sorte ao outro para lhe roubar o papel de terceiro figurante em reserva para peças excepcionalmente fracas?
Ou então estará este individuo abichanado e feio de mais para fazer cinema à espera que do nada, ou da cabeça do encenador, surja um balde de merda e cubra o “semi-actor”?
Numa perspectiva de cruzamento linguístico, os ingleses usam o “break a leg” que embora menos fedorento contém uma carga de dor muito superior, talvez eles tenham a noção que mais de metade das suas peças são entediantes e andam à procura de uma desculpa para terminarem a peça mais cedo.
Outra frase, ou melhor, palavra que se usa muito em Portugal é o “santinho” quando alguém espirra, coisa que eu ainda não percebi, quer dizer, os santos eram pessoas com gripe crónica? Ou de cada vez que alguém espirra para cima de outra pessoa está a cometer uma boa acção, é que se assim for eu acho que a religião devia rever a tabela das boas acções, pois ter alguém a arrebentar os tímpanos alheios de cada vez que espirra e ainda dar banho de muco nasal a quem não pediu não me parece coisa duma santidade, digo eu!
Relacionado com o “santinho” está o “Deus te abafe” que eu já ouvi mas nem por isso percebi.
Mas tem mais lógica, ou seja, um tipo espirra e outro remata logo “Deus te abafe” para que este morra asfixiado e não volte a poluir o ozono com germes e vírus sazonais.
Uma das minhas expressões favoritas (que o meu primo adora dizer à zezé camarinha) é “como um burro a olhar para um palácio”, isto referente a por exemplo um homem do campo a olhar para a Internet ou um rapaz no início da puberdade a descobrir um saco de revistas pornográficas debaixo da cama do pai.
Quer dizer, a semelhança entre o boi e o homem do campo talvez exista mas agora na outra situação não vejo o que o “cu tem a haver com as calças”.
Outra expressão muito ouvida em conversas de café sem sentido é “não me lixes”, analisando tal afirmação numa perspectiva trolheira quer isto dizer que a conversa está a desgastar um deles, deixando-o completamente liso, ou seja, “já foi na cantiga”.
Sendo assim, quem está a lixar está a roubar o amigo ou está a dar-lhe um tratamento de beleza, limpando-lhe a pele?
Quando as coisas correm mal não há nada como um “raios me partam” para sentenciar a situação, mas eu estive a pensar e se de facto alguém for atingido por um raio a probabilidades de se partir são poucas, pelo seu lado as probabilidades de ganhar um novo penteado são muito reais, além de que se a situação está mal um raio não seria coisa para a piorar?
Nada como numa conversa interromper a antecipar a outra pessoa para esta disparar um “tiraste-me a palavra da boca”, mo que eu penso que para além de ser uma invasão à privacidade é coisa para provocar ciúmes num possível namorado(a). E uma coisa é certa, isso de tirar coisas da boca não poderá propagar doenças infecto-contagiosas?
E se a outra pessoa não tiver lavado os dentes será razão para dizer que aquela conversa “cheira mal”.
Uma expressão que acabei de ler na net é ser do “clube arrebenta canelas” que “serve que nem uma luva” a um lavrense que eu cá conheço, já agora, um abraço para as gentes de lavra.
Nada como ameaçar alguém com um “estás aqui estás a comer” para pôr este em sentido mas será que ele de facto deveria temer tal coisa, é que para além das gajas que sofrem de anorexia não vejo mais ninguém que tenha medo de comer, aliás, para mim isso é razão para correr até ao “aqui”.
A expressão “armar-se em carapau de corrida” é sem sombra de dúvida uma que figura na lista “Os mais infelizes dizeres populares”, ó meus amigos, o carapau corre? Não, ele no máximo nada em sprint, além que não estou a ver um carapau com um capacete a dizer mundial de ralis”.
E isto do armar-se quer dizer que o gajo está a por dois carapaus no coldre e usar as espinhas destes como munições?
Geralmente quando um português suspeita de alguma coisa diz que ali “há gato”, o que se for numa lixeira ou peixaria até que é compreensível mas na maior parte das vezes esta expressão refere-se a um problema mecânico ou uma conta mal feita e se no primeiro ainda à possível haver de facto um felino a segunda já roça o impossível.
Quando ouço alguém dizer que as “paredes têm ouvidos” costumo fazer um ar de enjoado pois provavelmente estou rodeado de cera.
Infelizmente ou não este post ficará por aqui pois hoje estou mesmo desinspirado (tal como na maior parte das vezes” e já não “estou com pica” para escrever ou pensar, como tal vou ver um concerto dos D’ zrt para arrebentar as sinapses que me restam.
Hasta meu bom povo e falamos quando tivermos oportunidade.
My sound:
Johnette Napolitano - suicide note
Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão