sexta-feira, 24 de março de 2006

Frases curriqueiras

Entre um tempo morto e outro a caminho este post surge, cresce e dá voz a pensamentos que deviam nascer mudos.
Hoje o tema será um de muitos, pela introdução será fácil perceber que não fará muito sentido e que eu ainda não escolhi nenhum.
Pois bem, vou falar de algumas frases clichés…
Vou começar pelo frase mais ouvida antes de uma peça de teatro começar, “muita merda” grita um “pretendente-a-actor” para um semi-actor que sobe ao palco.
Vamos lá ver, muita merda?
Talvez eu não seja desta geração ou talvez esta geração não deva pertencer a ninguém, seja como for, regra geral sempre que me diziam que tinha feito merda era porque já tinha estragado alguma coisa, e sendo assim será que este “pretendente-a-actor” está a desejar má sorte ao outro para lhe roubar o papel de terceiro figurante em reserva para peças excepcionalmente fracas?
Ou então estará este individuo abichanado e feio de mais para fazer cinema à espera que do nada, ou da cabeça do encenador, surja um balde de merda e cubra o “semi-actor”?
Numa perspectiva de cruzamento linguístico, os ingleses usam o “break a leg” que embora menos fedorento contém uma carga de dor muito superior, talvez eles tenham a noção que mais de metade das suas peças são entediantes e andam à procura de uma desculpa para terminarem a peça mais cedo.
Outra frase, ou melhor, palavra que se usa muito em Portugal é o “santinho” quando alguém espirra, coisa que eu ainda não percebi, quer dizer, os santos eram pessoas com gripe crónica? Ou de cada vez que alguém espirra para cima de outra pessoa está a cometer uma boa acção, é que se assim for eu acho que a religião devia rever a tabela das boas acções, pois ter alguém a arrebentar os tímpanos alheios de cada vez que espirra e ainda dar banho de muco nasal a quem não pediu não me parece coisa duma santidade, digo eu!
Relacionado com o “santinho” está o “Deus te abafe” que eu já ouvi mas nem por isso percebi.
Mas tem mais lógica, ou seja, um tipo espirra e outro remata logo “Deus te abafe” para que este morra asfixiado e não volte a poluir o ozono com germes e vírus sazonais.
Uma das minhas expressões favoritas (que o meu primo adora dizer à zezé camarinha) é “como um burro a olhar para um palácio”, isto referente a por exemplo um homem do campo a olhar para a Internet ou um rapaz no início da puberdade a descobrir um saco de revistas pornográficas debaixo da cama do pai.
Quer dizer, a semelhança entre o boi e o homem do campo talvez exista mas agora na outra situação não vejo o que o “cu tem a haver com as calças”.
Outra expressão muito ouvida em conversas de café sem sentido é “não me lixes”, analisando tal afirmação numa perspectiva trolheira quer isto dizer que a conversa está a desgastar um deles, deixando-o completamente liso, ou seja, “já foi na cantiga”.
Sendo assim, quem está a lixar está a roubar o amigo ou está a dar-lhe um tratamento de beleza, limpando-lhe a pele?
Quando as coisas correm mal não há nada como um “raios me partam” para sentenciar a situação, mas eu estive a pensar e se de facto alguém for atingido por um raio a probabilidades de se partir são poucas, pelo seu lado as probabilidades de ganhar um novo penteado são muito reais, além de que se a situação está mal um raio não seria coisa para a piorar?
Nada como numa conversa interromper a antecipar a outra pessoa para esta disparar um “tiraste-me a palavra da boca”, mo que eu penso que para além de ser uma invasão à privacidade é coisa para provocar ciúmes num possível namorado(a). E uma coisa é certa, isso de tirar coisas da boca não poderá propagar doenças infecto-contagiosas?
E se a outra pessoa não tiver lavado os dentes será razão para dizer que aquela conversa “cheira mal”.
Uma expressão que acabei de ler na net é ser do “clube arrebenta canelas” que “serve que nem uma luva” a um lavrense que eu cá conheço, já agora, um abraço para as gentes de lavra.
Nada como ameaçar alguém com um “estás aqui estás a comer” para pôr este em sentido mas será que ele de facto deveria temer tal coisa, é que para além das gajas que sofrem de anorexia não vejo mais ninguém que tenha medo de comer, aliás, para mim isso é razão para correr até ao “aqui”.
A expressão “armar-se em carapau de corrida” é sem sombra de dúvida uma que figura na lista “Os mais infelizes dizeres populares”, ó meus amigos, o carapau corre? Não, ele no máximo nada em sprint, além que não estou a ver um carapau com um capacete a dizer mundial de ralis”.
E isto do armar-se quer dizer que o gajo está a por dois carapaus no coldre e usar as espinhas destes como munições?
Geralmente quando um português suspeita de alguma coisa diz que ali “há gato”, o que se for numa lixeira ou peixaria até que é compreensível mas na maior parte das vezes esta expressão refere-se a um problema mecânico ou uma conta mal feita e se no primeiro ainda à possível haver de facto um felino a segunda já roça o impossível.
Quando ouço alguém dizer que as “paredes têm ouvidos” costumo fazer um ar de enjoado pois provavelmente estou rodeado de cera.
Infelizmente ou não este post ficará por aqui pois hoje estou mesmo desinspirado (tal como na maior parte das vezes” e já não “estou com pica” para escrever ou pensar, como tal vou ver um concerto dos D’ zrt para arrebentar as sinapses que me restam.
Hasta meu bom povo e falamos quando tivermos oportunidade.

My sound:
Johnette Napolitano - suicide note

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão

quarta-feira, 8 de março de 2006

Sugadelas e tal...

Boas para todos menos para quem não merece.
No outro dia estive a ver um filme “Underworld”, que basicamente mete uns vampiros ao barulho com uns lupinos (Lobisomens) e partem aquela merda toda, ou não!
Eu estive a pensar e tal, e supostamente as lendas dos vampiros relatam uns seres que sugam sangue… Ya, grande coisa, o meu primo bebe sangue equivalente a três crianças de média estatura no arroz de cabidela e nunca ninguém lhe tentou pegar fogo (penso eu já que as profs gostavam de o queimar…).
Seja como for é obvio que os vampiros já não existem, quem é que se atreveria a chupar sangue possivelmente contaminado com HIV ou pior… D’ ZRT!
E como todos sabemos chupar uma vaca não alimenta, senão acreditam em mim é só esperar pela queima das fitas que vacas já chupadas não vão faltar.
Os outros seres dos filmes são os Lobisomens que não tiveram muita sorte nas plásticas e acabaram com um focinho de cão e pêlo a mais.
É engraçado ver que quando eles se irritam (sim porque a cena da Lua cheia já é passado) se transformam em cães raivosos, tal e qual os hooligans, descendentes directos??
Mudando de tema como quem muda uma fralda, rápido e sem pensar muito.
A nova geração de telemóveis anuncia que ouvir a pessoa do outro lado já não é suficiente, agora é “preciso Bêr” a dita e como tal toca a meter umas câmaras no aparelho.
Ora bom, se nos telemóveis normais as pessoas alheias já ouvem metade da conversa agora vão ficar a par de toda a situação, parece que estou a ver… Telefona a namorada para o seu chavalo que vai na “camunete”:
- “atão môri, gosta da minha nova cueca?”
- Ya, é mesmo nice, ficas mesmo boa, e os dois gajos atrás de mim concordam por isso deve ser verdade”
Para quem não acredita em mim existe um anúncio na Internet que penso ser da Motorola que exemplifica isto (importante: trocar “camunete” por escritório).
Além que conduzir com o kit de mãos livres até que não é muito mau mas se este incluir uma televisão 16:9 de setenta polegadas já é coisa para complicar um chaveco…
E mesmo para quem vai na rua é chato, pisar merda de cão poderá tornar-se uma rotina se as pessoas começarem a andar com os olhos colados a um ecrã.
Outra cena que acho piada é as pessoas que tiram fotos com os telemóveis, telemóveis estes que possuem uma tecnologia de imagem tão má que mais valia colarem uma foto a cores no ecrã. E depois lá vão estes indivíduos todos vaidosos mostrar um borrão colorido aos amigos, descrevendo o que estes não estão a ver… “É a minha gaja, tá numa pose sexyee”, como esta miúda aparenta ser filha dum camião semi-trailer os amigos até que agradecem não verem um corno.
Hoje vi na faculdade a prova como o “Big Foot” existe, ou melhor, existiu, já que uma megera sem piedade lhe cortou os pés e fez destes umas botas peludas, ao ver esta vitima da moda comecei a imaginar a cara da miúda se tivesse de passar pelo “atalho” do metro coberto de lama que eu costumava usar, isso sim era coisa para ter estilo!
Para maximizar o choque inicial e induzir-me num estado catatônico apareceu outra miúda (ou vitima como preferirem) que por sua vez tinha decepado as pernas à Pantera cor-de-rosa, é pena, isso talvez explique eu já não a ver na televisão faz anos…
Isto das Botas com pêlo começa a cheirar a epidemia, e não é das meias, é sim do abuso que se está a cometer perante olhos alheios, eu ando na rua e tenho direito de poder olhar pró chão e esperar que merda de cão seja a coisa mais nojenta que veja, mas não, ó não, estes Jean Paul Gutierre, Fátima Lopes e afins tinham de colar as biqueiras de aço das botas perto dum canil, se ao menos estivessem no campo ao lado dum galinheiro, isso sim, era coisa à maneira.
Mas claro, isto do pêlo é só o início, as botas com pionés, autocolantes ou cascas de banana já estão na linha de produção e pouco falta para o ridículo sair à rua.
Antes de acabar este tema das botas quero deixar aqui uma menção honrosa para as sapatilhas amarelas de cano alto cuja “língua” se usa por fora das calças, impagável…
Por hoje é tudo, mais haverá se assim acontecer
Hasta meu bom povo…

My sound:
Flipsyde – happy birthday

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão…

quinta-feira, 2 de março de 2006

Sumo

Enquanto vagueava no mundo virtual decidi dar um salto até à Blogosfera e deixar mais uma pincelada do mundo visto por je.
O tema da noite será o sumo, não o natural de laranja à venda em qualquer estabelecimento com laranjas a apodrecer…
Não, o sumo de hoje é outro, um com muita mais polpa, muita mais mesmo.
Este sumo baseia-se nos empurrões mútuos de dois rikishi num dohyō a ver quem cai primeiro (disse-me a wiki).
O importante a reter deste sumo não é o facto de ter uma história centenária ou de ser envolto em grande espiritualismo e os seus campeões até há bem pouco tempo serem considerados praticamente “semideuses”.
Não, o que de facto é importante reter é que estes “rebuliços” sobem para uma arena para dar uns “chega-pra-lá” e como se isso não basta-se fazem tudo isto apenas com umas fraldas, e para chatear ainda mais estes tipos borram-se todos, é verdade, as fraldas acabam sempre com manchas castanhas (será terra da arena ou será algo mais?).
Vamos ver mais de perto esta situação (mas não demasiado porque eu já vi o público a “apanhar” com um destes rebuliços que chegam a pesar 250Kg, o que deve ser mais coisa menos quilo o mesmo que levar com meia Simara em cima).
Estes nacos de carne ambulantes comem que se fartam para competirem, é um daqueles casos típicos em que o tamanho importa, sendo que a sua dieta vai contra praticamente tudo o que está estabelecido acerca da alimentação desportiva.
Outra cena é que no sumo a hierarquia é que manda e ai de quem não a respeitar. Basicamente os Rikishi juniores são as donas de casa e tal, os sekitori (rebuliços dos dois escalões superiores) são os homens que só lutam e nem para coçar os tomates se mexem, ai já entram os juniores para emprestar uma unhaca ou duas.
Esta cena Ada hierarquia é lixada, tipo um gajo quer dar uma cagada mas é júnior e como tal fica para último e se tiver uns três sekitori à frente nem no outro dia alivia a tripa (três gajos a cagar trinta quilos de arroz a uma velocidade média de quinhentas gramas por dez minutos é coisa para demorar tempo demais, e talvez seja por isso que aquela malta anda toda de fraldas?? È que é bem capaz de ser isso…).
Já nem falo de tomar banho, se um tipo demora uns dez minutos à FCP para desencrustar, meia hora quando vai para um encontro e só tem um metro e setenta por sessenta para lavar imaginem agora os mesmos metro e setenta por três camiões lado a lado com um porta aviões metido ao barulho.
Felizmente ou não, eles nunca tomam banho com o intuito de sair num encontro já que os juniores vivem nuns dormitórios comuns o que como é possível imaginar cria muita tensão sexual que é transferida para as sinapses cerebrais que como não foram feitas para aguentar tanto rebentam e depois um tipo gagueja e baba-se todo na presença de uma miúda e basicamente só diz merda. E depois claro, mais uma noite solitária na companhia de mais vinte solitários.
Outra cena que me preocupa é que os Rikishi devem deixar crescer o cabelo, usar vestidos de mulher (yukata) e sandálias de madeira (geta), sendo que Sekitori usam vestidos de seda e tranças bastante elaboradas (o verdadeiro metrossexual rechonchudo), a cena do lacinho no vestido é impagável…
Um ponto a favor deste rebuliços é que a mulher do Yokozuna (o Gordo dos gordos) é sempre uma brasa, algo que me intriga é que sendo elas tão magras e eles tão ELES como é que e tal… côizu!!
Algo que me parece injusto é que estes tipos passam um ano a enfardar arroz como se não houvesse amanhã e chegando ao torneio podem perder todo numa questão de segundos.
O mesmo se aplica aos fãs, está um tipo de olhos em bico na bancada pintado com as cores do seu lutador, segurando um cartaz de incentivo do género “já comeste gajos maiores que esse ao pequeno-almoço, literalmente falando” e ao primeiro “arranca-lhe a cabeça” que este baixote grita já o combate acabou (basta um tipo tocar no solo com algo mais que a planta dos pés ou sair da arena).
Outro ideia que me preocupa é se estes rikishi se lembram de trocar equipamentos no final do combate, uma troca de fraldas falando mais correctamente, bem, isso sim seria algo para esvaziar um estádio em menos de dois minutos.
Ficam desde já a saber que os rankings dos lutadores mudam a cada dois meses o que significa que as dietas podem sair caro e ir ao cinema mais do que uma vez por década é arriscado.
Muito mais há a dizer sobre estes camiões TIR que untam o corpo com vaselina para escorregarem melhor ou isso.
Mas por agora é tudo daqui a pouco já não será nada, fiquem bem, fiquem como poderem.
Hasta meu bom povo, lembrem-se “Bêr” os dois lados da rua antes de atravessar porque senão ainda tropeçam na galinha e acabam esmagados por um tractor agricula.

My sound:
Coldplay – fix you

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão…