quarta-feira, 27 de julho de 2005

trip 2 beach...

No outro dia foi à praia com um primo meu (abraços) e algo pareceu desde logo óbvio, aquela praia é um verdadeiro achado no que se refere a fontes de inspiração para o meu insípido Blog.
Bem, para começar devo realçar o facto de aquela praia pelos vistos ser Under16 pois não havia ninguém que tivesse uma idade próxima da minha à excepção do meu primo e de duas pessoas que andavam a vender bebidas frescas e batatas fritas, ora bem, bebidas frescas até que compreendo mas agora batatas fritas ricas em sal o que as torna SALGADAS!
Meus amigos, o sal faz sede, por isso é que muitas vezes nos bares oferecem amendoins SALGADOS, sim, é uma conspiração secreta com dois objectivos, um é o domínio global o outro é o aumento das vendas da cerveja (claro que um tipo também pode pedir um sumo ou uma água, mas neste caso vamos ficar pela cerveja).
Retomando o tema das batata fritas na praia… Parece que estou a ver, está um gajo a “comer” com um sol abrasador, num dia em que as temperaturas rondam os trinta e dois virgula quarenta e oito graus centigrados e a primeira cena que lhe vem á cabeça é “umas batatas fritas salgadinhas é que já iam, mas é que já iam mesmo!” e claro, aparece logo uma velha de buço saída de debaixo de uma qualquer rocha a vender umas “ruflis” e umas “léas” como se não houve-se amanhã.
O tipo aproveita e compra dois pacotes, um para ele e outro para a sua pessoa, após se refastelar com tal festim dá uso ao neurónio de reserva (também conhecido como “Teco”) e chega à conclusão que as batatas fritas SALGADAS fazem sede (brilhante dedução!!), e claro, agora é mais euro e tal e tal e tal para uma água que de fresco não tem nada.
Contas finais, dois “heróis” e tal e tal e tal por umas fritas e umas liquidas, uns grãos de areia a mais e uma lição não aprendida, nada mau, nada mau!
Voltando ao pormenor de não haver praticamente ninguém da minha idade achei que o dia não ia prometer grande coisa, para meu infortúnio tinha razão, o sol não gostou de ver tanta criança na praia e foi fazer de mirone pró Meco, a chuva não apareceu mas a água do mar parecia saída do fundo de uma arca da Olá!
Para terem uma ideia mais gráfica, ao primeiro contacto com o mar os pelos do nariz enrolaram-se e as unhas dos pés começaram a tremer, como vi que a situação ia ser difícil entrei à campeão, dois passos e um mergulho, assunto resolvido, quem não achou muita graça foi a minha… “galga” que se refugiou por entre os “cuelhos” (basicamente o que eu estou a tentar dizer é que estava tanto frio que a minha pila abandonou-me e foi de férias para o Havai arrastando consigo o tomate esquerdo, o direito por ser muito aristocrático ficou para trás e passou de tomate a ervilha).
Bem, depois de uns vinte minutos a beber água (sim, daquele em que algumas pessoas mijam…), e com a triste conclusão que eu tenho de treinar (e muito) a minha natação decidi bazar para a minha toalha, onde me esperavam centenas de mulheres com frutas tropicais e sumos de várias es… pensando melhor, com enchidos, queijos e cerveja à descrição, isto tudo acompanhado por uma bela música e (hum! acho que estou a baralhar qualquer coisa?!).
Cheguei à toalha e topei que estava numa zona de “cavalos”, pois todos os caralhos que por lá passavam tinham umas patas muito pesadas e atiravam areia para todo o lado (por “todo o lado” refiro-me à minha toalha obviamente), bem, isso até que acabou por nem ser o pior depois de ouvir frases de uns tipos ao lado (under16) que para impressionar as miúdas diziam coisas como “epá, bati umas e sujei aquela merda toda de esperma” ou “foda-se, puseste a mão nos colhões e ainda cheira a beita, que badalhoco” (a mesma mão com que este tipo come, penteia o cabelo e cumprimenta os amigos).
Mas o momento de glória, o “creme de la creme” estava guardado para o final, uns gunas de chapéu tipo antena (a pala tem de estar a apontar bem para cima afim de captar a "azeite fm", fm quer dizer falo mal).
Bem, a “figura” mais estereotipada que daquele grupo surgiu foi um tipo que, acreditem ou não (e lembrem-se que isto é no meio da praia, ou seja no meio da areia), vinha de calções, meias brancas e sapatilhas tipo sofá a mostrar os lindos abdominais indefinidos e o totalmente liso peitoral, com um cabelo que tinha uma linda “palinha” que era adornada por um chapéu branco com a pala a apontar para o satélite mais próximo, um par de óculos com armação branca (foda-se, branca! Armação branca! Sinceramente, epá, isso é tipo, epá, foda-se, branca! Branca! Epá, tipo, é do género, branca! Foda-se!!) e para completar tal cromo de qualidade o sempre agradável sorriso pepsodent, apoisé, o tipo tinha tantos buracos na boca quanto o orçamento de estado.
Bem, este grupo de quatro ou cinco gajos (não consegui contar bem pois a gosma era tanta que tornava quase impossível tal tarefa) divertiu-se a jogar um coto de volei em circulo (também conhecido como o jogo de “mantém essa merda no ar ou comes já coma areia) onde se destacava o talento de um deles em jogar completamente vestido (este tipo era tão bom mas tão bom que atirava-se para o chão numa tentativa, e apenas tentativa, de apanhar a bola e depois levantava-se e dizia, com algum brilhantismo, “epá, tenho areia nas sapatilhas!”. Mas o melhor foi um “rebimba” larguinho de ossos que seguindo a regra que o caminho mais curto entre dois pontos é sempre uma linha recta, espezinhava umas pastas sempre que a bola lhe caía nas costas, era vê-lo a esmagar aquelas pastas como homens da aldeia na vindima (eu também já esmaguei uvas e devo dizer que a última vez que o fiz foi bastante produtiva, uma comichão nas pernas que me dava ganas de arrancar a própria pele e uma queda de bike quando ainda não tinha sequer arrancado foram os prémios de consolação, isso e o vinho doce claro).
Bem, para terminar este relato da minha ida à praia das “meninas novas de mais para eu sequer olhar” vou referir a frase dum tipo que depois de pedir para eu e o meu primo vigiar-mos as pastas do seu grupo disse “mas olha, ver só com os olhos, não com as mão”, eu dei-lhe aquela cara de “mauzão” mas na verdade até achei que o tipo esteve bem, quando regressou até nos agradeceu (e a única coisa que eu me limitei a fazer foi fechar os olhos e estender-me na toalha de costas para as cenas deles, sou um bom cidadão ou não, pois é, “civismo” é o meu nome do meio, esmagado entre o “mentiroso” e o “interesseiro”).
Bem, fui tomar um café a uma esplanada e depois voltei para casa, no café ainda tive tempo de admirar a obsessão dos empregados de café em como é possível melhorar sempre alguma coisa, um deles subiu para cima de duas cadeiras para arranjar dois guarda-sóis que após três minutos de trocas e baldrocas acabaram por ficar exactamente como estavam, fascinante!
Bem, a hora já vai tardia, ou será que é ao contrário, tipo, se eu tivesse de acordar a esta hora diria que era cedo, hum! Nota para ti mesmo: assunto a falar mais tarde.
Hasta meu bom povo, gozem as férias de preferência com a melhor companhia, se não for possível lembrem-se que existe sempre um serviço de acompanhantes!...

Já agora, só vou dizer que a partir de agora todos os Post’s terão uma música que eu recomendo, como devem perceber a escolha é sempre difícil mas para manter a moral em cima…

My sound:
Gorillaz - feel good inc

Prá mãe, pró pai, pró irmão, pró gato (já nem sei como ele é ao certo) e pró velho do cão…

quarta-feira, 13 de julho de 2005

Rosas?

Ontem no meio duma conversa entre amigos formulei uma teoria (que foi ferozmente combatida por um dos intervenientes da alegre cavaqueira, tão feroz mas tão feroz que faria um pit bull que tivesse acabado de ficar sem os tomates através do método “remoção ao pontapé” parecer um bebé (mas dos caladinhos, porque aqueles que berram e cagam muito metem medo!...)) ele claro defendia a visão "positiva", eu por minha vez defendia a... a minha visão!
Bem a teoria (se é que lhe posso chamar disso, e daí, o Blog e por isso sou eu que decido o que é permitido ou não).
Continuando, a teo… o significado do acto de oferecer uma rosa, sim, esse acto que o mundo moderno nos impingiu (quando digo nós falo dos homens, as mulheres só precisam de oferecer companhia e o corpo)….
Humm! acho que estou a ouvir a associação dos direitos da mulher a bater na porta, muito honestamente, eu até que abria mas não estou para aturar quarentonas que foram encornadas pelos maridos o que as levou a uma vida exageradamente doméstica, tornando-se obsessivas compulsivas no que diz respeito à limpeza que por sua vez lhes aumentou a capacidade de falar sem ter de parar para respirar, a teimosia e o tom de voz, tudo isto deriva de um único factor: Falta de sexo.
Bem, continuando (outra vez…), eu comecei a formular vários significados para se oferecer uma rosa e não uma tulipa ou um pinheiro (o pinheiro achei óbvio que era pela ausência de cores mais variadas, o tamanho de nada tinha importância).
Cagando para a possibilidade de serem outras flores a serem oferecidas irei centrar este discurso na rosa, porquê a rosa, para quê, para onde ir passar férias? (ops, pensamento cruzado…)
Para mim um gajo oferece uma rosa porque esta têm espinhos e assim mostra que a gaja devia usar clearasil, outra mensagem possível de induzir é que a gaja devia de depilar as pernas com cera pois a cena da gilete tornou a pele destas em lâminas afiadas como a faca dum talhante.
Mas que outras conclusões mais profundas se podem concluir da análise multidisciplinar da oferta duma rosa?
Bem, vamos estudar a rosa oferecida, esta “nasce” com espinhos mas ao ser oferecida estes já lá não estão, teriam enveredado por uma fuga colectiva para ir ver o concerto dos U2? Parece-me que não. Então o que lhes aconteceu?
Pois é, pois é! Foram retiradas por uma mulher cruel de tesoura na mão e terra na bata, essa mulher de cabelo armado que aparenta sempre conhecer melhor as pessoas a quem vamos oferecer as flores do que nós próprios (será que são bruxas ou conseguem ler as mentes dos clientes, e se sim, será que conseguem fazer um molotov perfeito sem o desfazer ao desenformar?)
Bem este acto de limpar a rosa pode parecer uma tentativa de auto-purificação por parte de quem oferece mas na realidade representa um acto de dissimulação dos nossos erros, ocultando-os de forma a atingir certos objectivos (aka dar uma queca se for oferecida à namorada, pedir dinheiro se for oferecida à mãe, matar se for oferecida à sogra (é preciso salientar que no último caso a rosa deve ser previamente banhada em cianeto e manejada sempre com luvas))
Outra coisa, a rosa mais oferecida é de cor vermelha, ora como é sabido, o vermelho tem um teor bastante erótico, como tal é legitimo concluir que um tipo ao oferecer uma rosa está a pensar mais com a pila do que com o cérebro.
Mais, a rosa quando ainda não está completamente aberta aparenta ser uma amalgama de folhos sobrepostos com uma tonalidade parecida com muitas vistas em grutas por esse mundo inteiro, o respeito pelos mais novos impede-me de explicar esta analogia dos folhos, para os outros apenas espero que me entendam (os folhos representam os lábios vaginais, mas não fui eu que o disse….)
Bem, esta dissertação acerca de Rosas, Orquídeas, Marias e Francisca deixou-me esgotado, já é tarde e quero ir dormir, como tal, e tal e tal, até à próxima, senão, até um dia mais tarde….?!...
Hasta bom povo e cuidado com os churrascos…… não deixem a carne ficar queimada! (pensavam que estava a referir-me aos incêndios não era?!...)

Prá mãe, pró pai, pró irmão, pró gato (viu há dois dias) e pró velho do cão que ultimamente já não fode, não bebe e não fuma, ou é da velhice ou está com o mesmo sindroma que assolou um dos guitarristas dos Korn (Brian "Head" Welch)…

sexta-feira, 8 de julho de 2005

Sol a mais?!

Tenho andado a pensar ultimamente e cheguei à conclusão que fazê-lo ao sol é errado (pode cozer os neurónios e depois um gajo cheira mal, mais precisamente a porco assado ou frito, dependendo como é obvio do protector solar que se usa).
Como tal decidi ser um verdadeiro português e durante todo o verão vou utilizar ao mínimo as capacidades cerebrais que me restam, como tal, uma das minhas primeiras decisões é ir para a praia acompanhado não por uma, nem duas, nem três morenaças jeitosas mas sim por vinte e quatro Super loiras fresquinhas!!!
Tal companhia requer uma boa comida, como tal um saco de cinquenta quilos de tremoços decerto não faltará.
Para a praia pretendo também levar os calções/ boxers/ a merda que uso quando estou em casa, sim, aqueles infames calções que se arranja aos magotes por essas feiras espalhadas neste pedaço decadente de terra a que alguns chamam Portugal.
Estou a pensar nuns aos quadradinhos, que combinem cores da moda como o roxo deslavado e o verde “coçado”, ou algo da colecção privada do Sr. José Castelo enrrabetado branco, grande homem sim senhor, que o diga a segunda divisão de bombeiros sapadores de… de qualquer lado acho eu?!
Bem, uma visita à praia é bom, mas a semana não é só um dia e como tal um piquenique na floresta (também conhecida como pinhal de dróigados) soa tentadoramente a este minúsculo cérebro.
Antes de iniciar a minha viajem de uns impressionantes três quilómetros (a gota tá cara) apetrecho a mala do carro com as coisas necessárias (vinho, gásoile e fósforos, mais vinho, uns chouriços e alguma broa, mais vinho, cartas e o jogo da malha (no esquecimento do jogo da malha é sempre possível usar pedregulhos e um esquilo morto a fazer de meco), mais vinho, e por fim, o mais importante, o vinho de reserva não vá o resto acabar antes do meio dia), este dia passado no piquenique dura desde as oito e meia até às sete e meia, hora de ir para casa comer umas sopas de vinho e ver um bocado do clube a jogar!
O dia seguinte será para repouso, uma manhã a dormir e uma tarde passada na cama a ver os filmes em estreia (estreia só mesma no panorama semanal).
No dia seguinte a saúde chama o corpo à razão e chega a altura de fazer algum “work-out”, como tal a reorganização da cerveja no frigorífico é uma prioridade, seguida de uma intensiva lavagem ao carro (incluindo sacudir os tapetes do pêlo que o cão deixou no dia do piquenique e retirar todo o entulho acumulado durante onze meses do porta luvas e daqueles preciosos arrumos que as portas costumam ter, para acabar o dia desportivo nada como uma corrida atrás do cão que apanhou o portão aberto e foi ver se aviava umas!
Pois bem, o dia que se segue é dedicado a repor o stock de cerveja e tremoços em casa, como tal nada como uma ida a um supermercado (que incluí estacionar em segunda fila e praguejar com uma velhinha que demorou muito a atravessar a passadeira), chegados ao super mercado dou conta de que não tenho a lista das compras, razão? Nunca faço lista de compras, perante tal problema decido comprar aquilo que faz falta á casa, álcool em força, umas “chips”, carne fumada suficiente para encher a dispensa, um rolo de papel higiénico (é preciso poupar), uma revista de carros que sei que não posso comprar e outra com uma senhora muito respeitável numa pose bastante católica a fazer respiração boca a boca na zona pélvica de um homem cheio de cabedal (mas cabedal mesmo, não me estou a referir aos músculos!), isto e comida para o cão concluí a minha ida ao Supermercado.
Na volta para casa passo ainda pela feira para comprar umas T-shirts originas da Nike Adidas (sim, as duas ao mesmo tempo, símbolo da Nike e a dizer Adidas por baixo, nunca viram, não, então não conhecem o expoente máximo da moda desportiva internacional, apoisé!), e claro, mais dois conjuntos de seis meias brancas, que por mais que o mundo civilizado tente, nunca estarão fora de moda.
Bem, isto é apenas na primeira semana, fora o fim de semana que decerto será repartido entre sonecas de beleza na parte da manhã, idas à praia na parte da tarde com inclusão de filas de dois três sete e meio quilómetros só para passar a linha do comboio (isto tudo sem ar condicionado, quer dizer, de vez em quando a feijoada do meio dia faz efeito e saí sempre um bocado de ar condicionado, condicionado este pela percentagem de gás metano, do tempo decorrido desde a última cagadela e pelo facto de as cuecas de gola alta estarem ou não enfiadas na gaveta (principal factor de influencia no timbre do peido, mais assobiado, mais Simara, mais portão com ferrugem a abrir, mais selo menos selo no final das contas).
A praia estará como será de esperar, suja, sem lugar para montar a barraca e com os WC’s longe demais para alguém se dar ao trabalho de lá ir, solução? Água do mar pois claro, água esta que estará atulhada de pedregulhos o que só permite uma lavagem de pés e com sorte dois mergulhos numa poça de água junta ao tubo de esgoto, as temperaturas da água rondaram entre o “Caralho que está gelada” e “Foda-se que a pila até se esconde entre os CUelhos!”.
A vinda será igual ao de sempre, areia a mais, filas a mais, calor a mais, paciência a menos, discussão iminente!
A noite de ambos os dias será repartida entre o tratamento dos escaldões com a pomada mais milagrosa do mundo, Nivea (serve para hidratar, tratar queimaduras, curar micoses, inchaços, cicatrizar feridas ainda “abertas” e fundir ossos partidos) e a jogar uma manilha com os amigos.
Bem, por agora é tudo, devo dizer que à excepção da manilha tudo o resto é verdade… ou não!
Hasta e cuidado com a maré-alta, não entrem na água senão ainda levam com um corpo morto a boiar desde a Suiça ou Mongólia (esses países rodeados de mar que ficam no continente Africano).

Prá mãe, pró pai, pró irmão, pró desaparecido do gato (terá ido para o Algarve comer umas bifas?!) e pró velho do cão…