sexta-feira, 12 de maio de 2006

Queima 2006, revisão...

Tal como prometido (não que de uma perspectiva politica isso interesse muito), escrevo mais um post depois do meu último dia de queima, sim, foi ontem, muito há para dizer ou nem tanto mas eu vou apenas relatar o que achei mais interessante.
Para começar à que salientar que os dias que este ano escolhi estão carregados de estereótipos.
Primeiro o dia do Pimba (terça-feira) em que todos os que entram no recinto sentem desde logo, uma vontade incontrolável de apanhar uma borracheira para impedir os ouvidos de continuarem a sangrar.
Depois o dia dos Da Weasel (quinta-feira), que é como quem diz o dia da malta bué de nice do secundário ir mandar uns props aos amigos, beber umas loiras, tentar comer umas loiras e ser o guna que sempre foi.
Bem, depois desta breve introdução, a descrição subjectiva da minha queima vai começar, por onde? Pelo inicio obviamente.
Terça, dia de cortejo, único dia da queima em que mais de cinquenta por cento dos estudantes já entram bêbados para o recinto dos concertos, dia interessante devo dizer.
Começando pela minha pequena visita ao cortejo às dez da noite depois da minha faculdade já ter passado fazia séculos e apanhar um carrinho de uma escola a arder (penso que era o iscap, se calhar o problema foi daí, um rater mal feito, perceberam, eheh, rater do iscap, ui, eu devia anotar isto…).
Bem, deixando para traz esse incidente a noite lá seguiu com uma viagem de metro, depois carro, mais carro e finalmente queima.
Depois de estar lá dentro fui levado até aos carrinhos de choque para me rir um bocado e posso dizer, que aquilo bate aos pontos a actuação do Herman (fraco, fraquinho, mesmo à rabeta). Os carrinhos de choque são mesmo porreiros, é o gordo a usar a inércia do seu corpo para bater com mais força, é o mesmo badocha a sair do carrinho e mostrar uns boxers que mais pareciam uma toalha de banho, é a única miúda presente a levar com todos os carros ao mesmo tempo, é os cd’s de música comprados em terceira mão numa feira em Carcavelos faz agora quinze anos, é bonito.
Depois disto fui ver um bocado do “Joaquim”, e enquanto lá estive fui obrigado a dar um passinho de dança (para quem me conhece já sabe que deve substituir “passinho de dança” por “tentar mover-se com alguma noção de ritmo enquanto tenta não calcar ninguém”), bem, escusado será dizer que isso foi deprimente, mas a vida continua.
A cena das mãos nos bolsos não vou descrever mas acho que ajudou a enterrar ainda mais a minha imagem, e por falar em enterrar nessa noite eu devia ter levado uma pá, ou melhor, uma retro-escavadora.
Logo depois da fraca actuação do Hermano fomos para a barraquinha beber umas fresquinhas onde os três membros do 25 presentes se encontraram.
Momento “triste” da minha noite, chega o presidente evil (25) à nossa beira e diz, “pá, não tenho dinheiro nenhum”, depois de ter ficado de dar uma resposta por telemóvel a dizer onde andava. Eu, aproveitando o facto de a mão dele estar tipo em concha, dou-lhe cinco ursos acompanhados por um “dás-me depois!”, bem, é difícil descrever os dez segundos de silêncio e a subsequente explosão de gargalhadas, meu deus, triste, muito triste.
A partir daqui a noite não teve muito mais interesse, fui segurar numa porta de WC a uma rapariga da minha turma o que me fez pensar que estas mulheres têm muito mais coragem que eu para suportarem aquele cheiro.
Só para fechar esta terça-feira, no post anterior eu escrevi que grande grande era o Quim e o Herman fazerem um dueto e nesse mesmo instante o haver um curto-circuito em palco, pois bem, o dueto aconteceu mas a electrocussão não, embora eu tenho estado lá no fundo a pedir pelo menos um choquesito de pôr os cabelos em pé (e bigodes, no caso do quimsinho).
Quinta, chego com os Gift a tocar e muito bem devo dizer, depois de vinte minutos a tentar encontrar um membro do 25 desisti apenas para encontrar outro grande representante do 25 que ajudou a encontrar o previamente mencionado 25 (confuso, azar eu também sou e não me queixo).
Fast forward na noite, o 25 reúne-se todo na queima e à magia no ar (bem, no ar não digo que houve, mas pelo menos uma mensagem nos ecrãs não faltou).
Ainda o concerto dos doninhas ainda não tinha começado já eu gritava que queria um filho do Virgul e que ainda bem que os Excesso iam tocar (felizmente os gunas deviam estar com azeite a pingar para os ouvidos senão tinha levado logo três naifadas).
Bem, a noite continuou nos carrinhos de choque, primeiro a “Bêr” como seria de esperar, e desta vez ainda foi melhor, o sétimo ano estava em peso a controlar os carrinhos de choque, as “pop-stars” com os seus copos a levar “troço” e consequentemente, a lavar o chão da pista com bebidas de dois “aeuros”, os gunas sentados por cima do banco a levar troço e a serem “pseudo-fashion-gunas”, as miúdas que não sabem que aquilo tem um acelerador e como tal, uma saiu fora do carro para o empurrar para o meio da pista (impagável), a miúda que para dar uma de estilo, agarrou a bebida de um colega sentado enquanto conduzia com uma mão (e os dez prás duas?), azar o dela, nem meio segundo depois levou uma pancada que sem exagero esvaziou mais de metade o copo (lindo!), e para acabar a observação, o guna que roubou uma ficha no meio da pista da mão de um gajo e foi andar como se não fosse nada (..da-se! Onde é que anda um taco de basebol quando um gajo precisa?!).
Depois, foi a nossa vez de andar, quatro quintos do 25 estavam presentes, sendo que o president evil fez uma entrada no meu bólide mesmo há Tom Cruise (que é ele!).
Porrada levada, porrada dada, apenas a reter os vinte ou trinta segundos que passei na berma da pista a levar porrada de meia-noite porque o President não conduz um catano.
Bem, isto passou-se e a noite também foi passando, encontrei mais umas pessoas conhecidas, incluindo quem pensava que não me conhecia a mim?!
Bem, apenas a reter o facto do ladrão do 25 ter acertado com um bocado de pão na cara de outro tipo e este já todo “greg” articular umas ameaças que tinham mais de piada do que de ameaçadoras, triste, o gajo!
Bem, a hora de vir embora chegou e eu aproveitei a boleia para ir pró são bento esperar pela camioneta (sim, eu espero ali para depois ir para a batalha. São bento, batalha, queres ver que eu estou numa cruzada medieval?!).
Bem, nada de interessante a relatar, como tal foi “camunete-casa-cama” até às seis da tarde, podia dizer que sou preguiçoso e um “sostra” mas digamos apenas que sou estudante universitário!!!
E a minha queima foi assim, talvez para o ano haja mais, seja como for, haverá sempre cerveja…
Hasta meu bom povo, e um grande abraço para o bigode farfalhudo do Joaquim…

My sound:
Lifehouse - everything

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão…

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Aquecimento para a Queima

Depois de ter ido à faculdade e voltado por não ter havido aulas e todos terem tido a amabilidade de me informar depois de eu já lá estar, decido escrever mais um famigerado post (podia pegar num taco de basebol e abrir uns cabaços mas por um lado não tenho o dito taco e por outro não quero sujar a roupa com sangue).
È verdade, a Queima do Porto 2006 está ai, e os estudantes já se vão preparando (tipo eu que ontem estava a comer um pão com chouriço e um sócio meu disse logo que eu já estava em treinos, se não perceberam esta parte é porque ainda não sabem que o melhor da queima não são os concertos nem as conversas, é mesmo o pãozinho com chouriço a sair do forno às quatro da manhã para acompanhar os litros e litros de cerveja já emborcados).
Bem, o que dizer sobre este antro de bêbados, vacas, borbulhentos a ver se têm sorte e “rios de mijo” para lavar as sapatilhas/ sapatos/ pés se tivermos sido roubados.
Para começar que é o meu tipo de ambiente (e daí talvez não tanto), nada como espremer-me por entre reboliços com ar de góticos e estudantes com a camisola já vomitada, hálito de esgoto e atitude de rambo apenas para chegar à minha barraquinha (ou outra barraquinha qualquer) e beber uma súrvia.
Depois, há sempre os concertos, são bons e tal mas nunca ninguém se lembra ao exacto quem esteve lá a cantar. Este ano até que vai gente de categoria, Herman José e Quim Barreiros, sim senhor, isto sim é música para os meus ouvidos, principalmente se num momento raro e mágico eles decidirem fazer um dueto, houver uma falha eléctrica e todos que estiverem em cima do palco passarem a ser menu no “Kentucky Fried Chicken”.
E sim, muito certamente eu estarei lá, a aplaudir… quando isso acontecer.
Mas a Queima reserva muitas surpresas para os seus não tão ilustres visitantes… é a salmonela no cachorro, a cerveja indrominada, é a viagem na ambulância apara conhecer o cor do soro no hospital, é a tal “maionese” na capa da caloira que não cheira a tal, é o acordar num qualquer parque a perguntar onde estarão as cuecas.
A Queima é tudo isso e muito, muito mais.
Para os mais atentos e rodados neste tema uma dúvida surge, será que este tipo não sabe que a Queima das fitas é mais do que os concertos no parque da cidade, a resposta é, “sim, eu sei, mas se isso tivesse algum valor eu já teria falado nisso”.
Pensando bem há duas actividades que me chamam a atenção (e não, não vou participar em nenhuma).
O “Rallye Paper” no penúltimo dia da queima, no dia a seguir à noite de Melanie C e Fingertips, neste aspecto deve dar os parabéns à FAP pois a noite que antecede o “Rallye Paper” é nitidamente para os casais e sendo assim as namoradas estarão de olho nos “bem comportados quando elas estão presentes” dos namorados, evitando que estes abusem na pinga, como resultado, o “Rallye Paper” será oitenta por cento mais sóbrio do que por exemplo, fosse realizado no dia a seguir à noite do pimba.
Seja como for, alguns destes “pilotos” estarão num estado parecido com o coma alcoólico o que fará com que se percam na própria garagem e nem um GPS os consiga ajudar a encontrar a embraiagem. Mais uma vez isto é positivo pois é a regra principal para participar no “rallye”, “se não consegue movimentar o carro não participa” (por isso é que alguns montam com equipas de cinco, assim são mais a empurrar, apoisé, conduzir bêbado dá multa).
Outro acontecimento queimadíssimo que acena à minha atenção é a garraiada, depois da última noite da Queima, que muitos chamariam de “a última derradeira “ramada” do ano!”.
Vejam se me acompanham neste cenário, temos numa arena poeirenta e com buracos um touro sóbrio e sete ou oito “não tão sóbrios quanto isso” intrépidos estudantes, eu não sei mas acho que quem vai acabar rabejado são todos menos o touro.
Seja como for, desde que haja oportunidade de soltar dois “olés”, o dia já está ganho.
Por agora este cheirinho de Queima vai ser encerrado, prometo voltar depois desta para acrescentar qualquer coisa mas não sustenham a respiração até lá pois vão necessitar dela para gritar no Cortejo.
Hasta meu bom povo, aproveitem a noite da cerveja para saberem o que acontece à comida depois de ingerida (se não perceberam então não precisam de comprar Engov)

My sound:
SP e Wilson – pronuncia do norte

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão...