terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Conversadores alheios...

Nada como outro Post para manter isto em movimento.
Aproveito o último dia do primeiro mês de 2006 para elevar a contagem de Post mensais para uns incríveis e pouco credíveis… quatro!!!
Tema do dia, embora na verdade o dia ainda esteja a começar e tal (para os curiosos e para todos os outros estou a escrever este directamente da faculdade).
Continuando, o tema do dia é as pessoas que metem conversa em qualquer lado com qualquer pessoa que encontrem.
Eu tenho de admitir, e quem me conhece já o sabe há muito tempo, que sou bastante anti-social, e como tal as pessoas que falam com estranhos com uma facilidade tremenda fazem-me confusão.
É velos na paragem do autocarro a falar do sobrinho que acabou o décimo segundo ano à terceira vez, é velos na “camunete” a falar das hemorróides que não dão descanso, e merdas deste tipo.
Eu tento imaginar o que leva estas pessoas a pensar que um desconhecido qualquer está sequer interessado em saber o seu nome quanto mais a história da sua vida.
À e tal, o que estas pessoas precisam é de falar dizem os mais elucidados, a vida às vezes vai mal ou vivem sozinhos e falar ajuda e tal…
Pois é, mas sempre podem optar por outras soluções como por exemplo, (esta foi sugerida por um primo meu), pegar no telefone e começar uma massagem ao ego, como? Fácil, basta dizer cenas do género quem é o melhor do mundo ou o mais bonito ou isso e esperar pela resposta sempre presente do telefone, “tu..tu..tu..tu..tu..tu..tu..”, qual espelho da bruxa na branca de neve qual quê, o telefone é que é.
Outra terapia é beber até achar que a Lili Caneças é bonita ou que a Simara nem é assim tão gorda, porquê? Ora então, ao atingir esse estado é virtualmente possível ter diálogos mesmo na completa solidão, com divergência de opiniões e tudo, e se isso não estiver a resultar também não há problema porque uma rápida soneca na valeta já estará a caminho.
Vou tentar analisar estas pessoas, ora bom… indivíduos com mais de trinta anos, provenientes de educações camponesas, que consomem uma dose tóxica de telenovelas e adoram ir para um café qualquer passar três horas a ouvir conversas alheias, para todos os temas têm sempre um familiar “que já passou por isso”, da toxicodependência à transsexualidade, isto no caso das mulheres.
Os homens geralmente já ultrapassaram a fasquia dos sessenta, julgam-se todos treinadores de bancada e infelizmente já não podem abusar tanto na pinga porque “o doutor assim o disse”, gostam sempre de comparar o agora com o “dantes”, e embora a ditadura imperasse e não se pudesse ter uma conversa na rua com mais de quatro pessoas, “dantes” era sempre melhor do que agora, mesmo que agora já possa tomar um café com cheirinho todos os dias e “dantes” apenas podia beber um bagacito quando havia festa na terrinha.
Isto de falar com estranhos atinge o nível do ridículo quando estão dois amigos a falar e a meio da conversa surge uma opinião de um perfeito desconhecido sem que tal tenha sido pedido, ambos os amigos olham para tal pessoa, acenam com a cabeça e lancem um sorriso forçado, resumindo a conversa continuam até que passados dois minutos já outra opinião perfeitamente escusada surge de modo furtivo na conversa, e prontos, a partir daqui já se sabe, este desconhecido já pensa que é mais um amigo e uma conversa pessoal a dois passa a debate público a três ou mais num dia de sorte…
Existe mais um pormenor interessante nestas pessoas, elas geralmente, e embora estejam a falar apenas para uma pessoa, elevam o tom de voz até que ninguém num raio de quinhentos metros quadrados consiga ficar indiferente à conversa.
Cena típica, velha a falar com novo sobre a vida da forma mais entusiástica possível ao que o novo responde mecanicamente com uns “ahem ahem” e “pois pois”, geralmente a conversa acaba com este a correr para longe com a desculpa que está atrasado para um exame à próstata…
Para terminar este tema vou aqui falar duma conversa que ouvi na “camunete" à já bastante tempo (para os “iluminados” que estão a pensar qualquer coisa do tipo, “pois, tu também curtes ouvir as conversas dos outros”, admito que sou curioso mas este não é o caso porque embora a conversa estivesse a decorrer nos bancos de trás até o motorista devia conseguir ouvir-la).
Foi qualquer coisa assim, uma mulher com os seus quarenta anos diz com uma voz bastante orgulhosa, “olhe um sobrinho meu conseguiu acabar o nono ano e agora é chefe (ou uma cena assim) numa fábrica” ao que o velho respondo, com um aumento de decibéis notório na sua voz “Ai sim, então diga-me lá se eu não tenho uns netos que são um espectáculo, um acabou a faculdade de engenharia e é engenheiro (num sitio qualquer), o outro já acabou o curso e está a dar aulas…” (no caralho mais velho e se não estou em erro um dos dois estava a tirar uma segunda licenciatura), talvez tenha sido só impressão minha mas a diferença de nível entre os objectivos alcançados era tão grande que a mulherzinha deve ter pensado que calada era uma casa cheia, não sei o que teve mais piada, a resposta do sexagenário ou este elevar a voz para todos ouvirem, seja como for um sorriso desenhou-se na minha cara…
Bem, mais uma vez a minha visão demasiado crítica da sociedade revela as minhas escassas capacidades interpessoais, isso ou eu estou apenas a exagerar o quotidiano e ver a vida numa perspectiva mais cómica na tentativa de ultrapassar todos os males que esta acarreta, ou até quem sabe, o Bush é descendente directo dos macacos…
Hasta meu bom povo, eu até que mandava um abraço para todos mas os meus braços não são assim tão compridos, uma dica acerca de cerveja, a nova Abadia da SB não é grande coisa a meu ver, mas a cena de lançarem uma “Abadia” (leia-se “A bádia”, com pronuncia do norte incluída cum catano) para concorrerem com a Bohemia foi bem jogado, mais três pontos para as gentes de Leça do Balio…

My sound:
Placebo – five years (cover rara duma música do David Bowie)

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão…

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

"Camunete" again...

Mais um dia mais um nascer do sol, e assim de repente, mais um Post também…
Numa tentativa infrutífera de tentar compensar a ausência deste que subscreve neste descerebrado Blog mando mais um Post como o Governo faz com os impostos, rapidamente e sem pensar muito nisso.
Hoje o tema de partida pode ser as viagens de “camunete”, já aqui falei nelas mas agora vou tentar aprofundar um bocado este tema, aprofundar uns cinco seis metros.
Não há nada como viajar nos transportes públicos, é verdade, só para abrir o apetite aquele cheiro característico a bacalhau podre que emana da parte frontal do autocarro (mais propriamente dos “entrefolhos” das mulherezinhas com mais de sessenta anos), isso sim, o verdadeiro aroma português, nada de anormal num país de antigos exploradores marítimos, com sorte estas mulheres trazem mesmo o bacalhau a secar no meio das sete saias.
Mas isto até se resolve rapidamente, uma curta viagem até à parte de trás da camioneta e a abertura de três ou quatro janelas deve resolver o assunto.
Claro que uma viagem de autocarro tem muito mais que se lhe diga.. o bêbado, aquele tipo que depois de entornar três ou quatro copos no chão decide que os vinte que já bebeu são suficientes e apanha a “camunete” para regressar à tasca da sua zona. Este sim, este homem pequeno e barbudo funciona como o sistema de som que o agarrado do dono das camionetas nunca quis comprar, lá está ele, no meio da camioneta para que a sua voz chegue claramente a todos os centímetros da camioneta (e mais alguns metros para o seu exterior), sozinho sobrepõem a sua voz a todos os outros ruídos e começa a desenrolar metade dos seus problemas, às vezes fala directamente para alguém, outras para todos mas geralmente não fala nada e apenas imite grunhidos..
Não se passa nada, estou na minha, ou melhor falando, no banco de trás do autocarro e o leitor de mp3 vai resolvendo o assunto da melhor maneira possível.
Quando um tipo pensa que a situação até nem é assim tão má repara que a camioneta não se move há dez minutos, a fila é comprida e o atraso ainda maior, porra, esta merda é sempre igual…
De repente, vindo do nada, a “camunete” pende para a direita e entra um mamute de cento e cinquenta quilos pelo autocarro a dentro, espremendo-se pela fila de cadeiras ultrapassa uma louraça de vinte e três anos com uma cotovelada seca e apanha o último lugar disponível, como seria de esperar é o nosso, azar dos azares é que escolhemos o lugar da janela e como é obvio virámos pega monstros num instante, lá seguimos viagem, com a cara colada ao vidro e os tomates esmagados devido às pernas estarem desumanamente demasiado juntas, os joelhos até já pensam que são gémeos siameses e as unhacas dos pés já não sabem a que sapatilha pertencem.
A viagem prossegue com o som do “alegre” no meio da “camunete”, o hipopótamo a espalmar-nos e a lembrar como é a lota de Matosinhos com a chegada de peixe fresco (fresco de à três meses).
Para melhorar a situação a bateria do leitor de mp3 o que começa a “mexer” com um gajo, o calor começa a aumentar dentro da “camunete” devido ao ar rarefeito que não se pode renovar já que lá fora está frio e a camunete parece uma lata de sardinhas (cheiro e tudo).
Depois de uma tentativa vã de relaxar chega a nossa vez de sair, “até que enfim” é um pensamento que nos percorre a cabeça, ao levantarmo-nos deparamos com uma batuneira empancada no banco que precisa de uma grua para ser levantada, nada de stress, dois empurrões bem dados e o caso fica resolvido, como já seria de esperar o corredor está apinhado de poveco e como não sou o homem aranha para andar pelo tecto tento espremer-me até à porta, claro que fico pela tentativa, passo a minha paragem e mais outra até conseguir sair, olho para o céu com cara de poucos amigos e faço-me ao meu caminho, sozinho? Nada disso, a chuva decidiu acompanhar-me e lá vamos nós, a partilhar pensamentos e tal…
Claro que nem tudo é mau nos transportes públicos, é sempre possível conhecer novas pessoas… claro que o mais provável é essas novas pessoas não valerem a pena serem conhecidas, mas isso é outra história e isto é o fim do Post.
Hasta para todos, vou dormir e pensar num tema melhor para um próximo Post, abraços e muitos palhaços…

My sound:
Limp Bizkit – the surrender

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão…

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Mulheres de mão dada...

Na tentativa vã de compensar o tempo perdido este que vos subscreve lança mais um Post para a Blogosfera…
Este Post terá como tema, e a sugestão do grande grande “Homem da batata frita”, a mania das miúdas (dos oito aos oitenta) de andarem de mão dada, mas o que é isto pergunto eu…
Começando por algum lado, escolho começar pelo esquerdo, uma teoria minha é que o género feminino anda de mãos dadas porque, estando o seu cérebro tão entretido a pensar em compras ou se a tanga está no sítio correcto ou se escorregou para a bochecha esquerda, não é possível este encontrar espaço para processar as funções básicas como respirar (por vezes este problema devesse aos “underbras” demasiado apertados) ou equilibrarem-se, como tal, agarram uma camarada e cada uma pende para o seu lado dando um equilíbrio dinâmico bastante estável, equilíbrio este apenas ameaçado pelas danadas das montras que levam a que ambas pendam para o mesmo lado ao mesmo tempo… e é assim que aparecem marcas de dedos nos vidros… e narizes, e testas, e lábios…
Outra razão que leva as “fêmeas” a incitar tal comportamento pode dever-se à má circulação, sim, má circulação, e para evitarem entrar em hipotermia dão as mãos para aquecer estas, agora uma mente mais iluminada diria que se elas só dão uma a outra vai congelar, pois é, pois é, ó palerma, deixa de ser ignóbil, é obvio que elas só dão uma das mãos porque a outra é necessária para segurar a saca das compras, ou tu eras capaz de arrastar uns sapatos “guchi” ou uma malinha “prada” aos pontapés?...
Outra razão poderá deter-se com questões do aparelho excretor, é verdade.. Todos sabem que as mulheres são incapazes de ir à casa de banho sozinhas, e numa emergência podem não ter ninguém com quem ir e depois, depois é assim que aparecem tantas fotos de mulheres todas mijadas na net. Solução? Ter sempre uma camarada ao lado, numa relação de simbiose perfeita…
Claro que as questões sexuais também podem contribuir para esta dependência por parte das mulheres de mãos não calejadas e com as unhas perfeitamente arranjadas, explicando melhor… Imaginem uma mulher “80-60-80” (os homens podem aumentar o primeiro numero à descrição), se ela tiver uma carinha gira (mesmo sendo feia já é o que é) decerto não faltará “animais” a dar em cima, para evitar tal incómodo nada como arranjar uma amiga (de preferência feia e gorda) para afastar os predadores, e para os mais persistentes a velha desculpa de serem lésbicas nunca fica desactualizada…
Numa visão mais elaborada e a sério que isto me está a passar pela cabeça, eu penso que todas as mulheres querem ser dançarinas de sapateado (ou sapateadoras ou uma merda assim), até parece que as estou a ver, com saias e camisolas verdes, sapatos castanhos e peruca ruiva de mão dada a treinar para as audições de “Riverdance”… lindo, ou não!
Para aqueles que gostam de estar sempre informados de notícias absolutamente desnecessárias e como tal vêm o telejornal da TVI e folheiam o “24 Horas” informo que depois de escrever o último paragrafo fui à confeitaria buscar um queque (pois pressenti que o meu cérebro estava a funcionar com níveis perigosamente baixos de glicogénio) e informo também que durante esses dois minutos o meu cão aproveitou o facto de eu ter pousado o “robe” no sofá para construir um ninho com este no chão, obrigado cão.. o que eu estava mesmo a precisar era de algum pêlo de cão na roupa.
Voltando ao tema das mãos dadas deparo-me com um bloqueio mental, é verdade não tenho muito mais a dizer, mas talvez a verdadeira questão não seja porque é que elas dão as mãos, talvez a verdadeira questão seja de onde é que vem o fiambre de perna extra? Deixo-vos com este pensamento…
Hasta meu bom povo, vou comer uma sandocha porque o queque soube a pouco, depois claro… “Tou gordo nas costas”!

My sound:
P.O.D. – thinking about forever

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão que anda com uma Otite (não, não é uma cadela, é mesmo um problema de ouvidos)

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

The comeback...

O rumor já corria livremente pelos subúrbios da cidade, como uma doença contagiosa passava de pessoa para pessoa, seria verdade o que corria à boca cheia, seria verdade o que as provas indicavam, o Blog finalmente tinha sido encerrado?...
A ausência de Post’s já se fazia notar à mais de mês e meio, no ano anterior a vontade de encerrar o Blog tinha sido demonstrada mas não cumprida, poderia ser que desta vez a vontade tivesse tornado realidade?...
Este Post é a prova que não, voltando à carga com as baterias recarregadas e a loucura a atingir níveis épicos a prosa volta à ponta destes dedos calejados por outras aventuras, ou não…
Muito aconteceu desde a última actualização deste Blog mas desse muito pouco será falado, porquê?
Porque quem manda aqui sou eu e foi isso que eu decidi (não à nada que bata uma boa desculpa…)
Começo por informar que de momento estou a sofrer de uma amigdalite, o que não me preocupa já que à duas semanas sofri do mesmo... É sempre bom ver velhos amigos retornar… Agora ando com uma medicação mais forte e em vez de quatro comprimidos por dia tomo meia dúzia para as contas serem mais bonitas…
Devo também dizer que este Post era para ter sido escrito às duas da manhã mas depois decidi que isso poderia ser má ideia e preferi ver uns vídeos para me rir um bocado, Post esse que seria potenciado por uma broa de mel (para quem não sabe o que é eu explico, é uma coisa pequena e redonda, semelhante a uma bolacha gorda, feita a partir de restos de outros bolos, sim restos, nada que me preocupe já que os D’zrt também são feitos a partir dos restos de bandas pop e pelos vistos até lhes chamam de músicos e tal…).
Mas afinal sobre o que é este Post, pergunta aquela voz familiar no fundo do meu lóbulo esquerdo, ora bem, este Post é acerca de muita coisa (ora nem mais, explicação à ministro das finanças e afins).
Para actualizar ainda mais este Blog acrescento que não fiz nenhuma frequência devido a razões várias o que praticamente pôs os meus colhões na guilhotina e me vai obrigar a fazer um esforço herculiano para passar de ano…
Mas nem tudo são más notícias e como tal informo que depois de dividir por quatro o prémio do Euromilhões eu ganhei uns incríveis quatro euros e trinta e sete cêntimos, impressionante!...
Tirando as amigdalites a vida até que me correu bastante bem neste bocado de tempo, iniciei uma nova aventura e terminei-a da mesma maneira que tinha começado, depressa e com muita força, detalhes apenas prós mais chegados…
Tenho algumas coisas para resolver agora, principalmente no que diz respeito à faculdade mas deposito toda a minha confiança na pessoa em que tenho mais fé, este que subscreve.
Agora para a parte séria deste Post, no outro dia fui a um casamento, ui, que emoção, quase que urinava nas calças só de conter tanta alegria…
Alguém me pode explicar porque é que os casamentos duram tanto tempo, tipo, não era melhor o Padre ou agente do registo civil chegar lá e dizer algo do género, ora tu queres esta tipa e ela retribui o favor como tal comam-se com muito amor, a seguir o poveco todo que tinha aparecido (que é sempre muito pois quando há comida de graça o que não falta é Zés Portugas a empanturrar-se) dirigia-se às mesas de self-service para agarrar uma sandes de presunto e uma bejeca e fazia-se ao caminho dele…
Vamos ser realistas, o vestido da noiva nem sempre é tão fácil de tirar quanto isso, e para um noivo menos experiente pode demorar umas boas quatro horas até finalmente conseguir chegar “ao que interessa”, ou seja, se os noivos ainda querem consumar algo que já foi consumado uma centena de vezes no próprio dia do casamento têm de bazar por volta das cinco da tarde para ver se por volta das nove já estão a fazer “o amor”.
Mas isto não fica por aqui, em todos os casamentos à sempre o tio bêbado, a tia que quer brindar com todos e conta todas as histórias embaraçosas acerca da noiva quando esta ainda era novinha e aquela mesa muito especial, (em que somando o “qi” dos seis ou sete membros desta se consegue atingir uns “notáveis” oitenta e seis, oitenta e sete a forçar..) que faz questão de a cada vinte minutos partir uns copitos de tanto bater a pedir um beijo (quem diz copos, diz pratos, jarras de flores e até janelas caso algum se encontre de momento fora da mesa e perto de uma).
Eu, se fosse eu a casar era certinho, cada vez que alguém fizesse essa “brincadeira” levantava um cartaz com algo do género “Não há beijos a pedido, qualquer reclamação favor dirigir-se ao casamento mais próximo”.
Ora nem mais, mas isto não fica por aqui, não, há mais, muito mais…
Hora do flash, aquele momento fatídico em que o poveco acotovela para ser o primeiro a tirar uma foto com os noivos, para mim é mais uma obrigação do que uma vontade, nunca gostei de fotos em que as pessoas forçam os sorrisos e estão todos alinhadinhos, mais parece um fuzilamento que um casamento…
À medida que as horas passam o cansaço vai acumulando-se e o ruído aumentando mas apenas em algumas mesas, quais são estas mesas, bem, são as mesas “alegres”, em que todos estão demasiado alegres para se aguentarem em pé e como tal aproveitam o tempo para digerir a comida com mais um copito de brandy ou whisky (sim, porque a comida é que provoca a indigestão, os sete litros e meio de maduro tinto não tem nada a ver com isso).
Para mim o que realmente dá nível a um casamento é os três ou quatro quarentões de camisa aberta a mostrar a juba do peito, com o nariz muito vermelho e um discurso muito pausado mas sempre acompanhado por um sorriso demasiado rasgado para ser natural…
Outra cena que ganha destaque neste Post é a vestimenta de todos os que vão ao desfile de moda, oh desculpem! Ao casamento…
Eu como já seria de esperar estou a cagar para a opinião dos desconhecidos como tal não me sinto na obrigação de vestir um fato e usar uma gravata, caguei pra isso, prefiro estar o mais confortável possível e como tal umas calças de ganga, sapatilhas e um casaco servem bem o seu propósito, neste casamento foi o melhor, já que nem a barba desfiz e como tal algumas cabeças viraram na minha direcção, deve ter sido do meu avassalador sex appeal!
Uma cena que me preocupa é o facto de mais lá para a tardinha os noivos irem brindar com todas as mesas, ou seja um golosito ou dois por mesa se forem umas quinze mesas dá mais copo menos caneca um litrito e meio de champanhe, ora bem, para quem não sabe o efeito que o álcool tem num homem eu também não vou estar a explicar, mas digamos que não é só as mudanças que ficam difíceis de meter… quer isto dizer que a noite de núpcias fica em risco o que eu acho que é o mesmo que fazer uma festa de aniversário e não comer o bolo, ou será mais uma tarte?.. de pêssega, quer dizer, pêssego..
Bem acabando com as piadas sexuais e com o tema do casamento este Post aproxima-se também do fim, agora que entramos num novo ano, espero que todos o tenham feito com os dois pés porque isso de entrar só com o direito além de revelar uma posição politica é também perigoso porque um tipo pode desequilibrar-se e cair, partindo uma perna, a cana do nariz e o fémur da orelha esquerda…
Um grande abraço para todos, que o novo ano (já não é assim tão novo mas prontos…) vos corra da melhor maneira possível, se isso não acontecer azarito… é mais uma razão que têm para chegar ao próximo…
Tentem cumprir as resoluções de ano novo pelo menos durante os primeiros meses para não parecer muito mal…
Hasta meu bom povo, espero que no domingo passado todos tenham ido votar por minha vez pois é um dever e como tal vocês devem de o fazer… (eu como não pertenço a este planeta não me sinto na obrigação de seguir as suas regras)

My sound:
System Of A Down – lonely day

Prá mãe, pró pai, pró irmão, não sei se devo dedicar ao gato já que ainda não o vi este ano e pró velho do cão que cada vez mais parece um leão (em ponto pequeno claro…)