quarta-feira, 3 de maio de 2006

Aquecimento para a Queima

Depois de ter ido à faculdade e voltado por não ter havido aulas e todos terem tido a amabilidade de me informar depois de eu já lá estar, decido escrever mais um famigerado post (podia pegar num taco de basebol e abrir uns cabaços mas por um lado não tenho o dito taco e por outro não quero sujar a roupa com sangue).
È verdade, a Queima do Porto 2006 está ai, e os estudantes já se vão preparando (tipo eu que ontem estava a comer um pão com chouriço e um sócio meu disse logo que eu já estava em treinos, se não perceberam esta parte é porque ainda não sabem que o melhor da queima não são os concertos nem as conversas, é mesmo o pãozinho com chouriço a sair do forno às quatro da manhã para acompanhar os litros e litros de cerveja já emborcados).
Bem, o que dizer sobre este antro de bêbados, vacas, borbulhentos a ver se têm sorte e “rios de mijo” para lavar as sapatilhas/ sapatos/ pés se tivermos sido roubados.
Para começar que é o meu tipo de ambiente (e daí talvez não tanto), nada como espremer-me por entre reboliços com ar de góticos e estudantes com a camisola já vomitada, hálito de esgoto e atitude de rambo apenas para chegar à minha barraquinha (ou outra barraquinha qualquer) e beber uma súrvia.
Depois, há sempre os concertos, são bons e tal mas nunca ninguém se lembra ao exacto quem esteve lá a cantar. Este ano até que vai gente de categoria, Herman José e Quim Barreiros, sim senhor, isto sim é música para os meus ouvidos, principalmente se num momento raro e mágico eles decidirem fazer um dueto, houver uma falha eléctrica e todos que estiverem em cima do palco passarem a ser menu no “Kentucky Fried Chicken”.
E sim, muito certamente eu estarei lá, a aplaudir… quando isso acontecer.
Mas a Queima reserva muitas surpresas para os seus não tão ilustres visitantes… é a salmonela no cachorro, a cerveja indrominada, é a viagem na ambulância apara conhecer o cor do soro no hospital, é a tal “maionese” na capa da caloira que não cheira a tal, é o acordar num qualquer parque a perguntar onde estarão as cuecas.
A Queima é tudo isso e muito, muito mais.
Para os mais atentos e rodados neste tema uma dúvida surge, será que este tipo não sabe que a Queima das fitas é mais do que os concertos no parque da cidade, a resposta é, “sim, eu sei, mas se isso tivesse algum valor eu já teria falado nisso”.
Pensando bem há duas actividades que me chamam a atenção (e não, não vou participar em nenhuma).
O “Rallye Paper” no penúltimo dia da queima, no dia a seguir à noite de Melanie C e Fingertips, neste aspecto deve dar os parabéns à FAP pois a noite que antecede o “Rallye Paper” é nitidamente para os casais e sendo assim as namoradas estarão de olho nos “bem comportados quando elas estão presentes” dos namorados, evitando que estes abusem na pinga, como resultado, o “Rallye Paper” será oitenta por cento mais sóbrio do que por exemplo, fosse realizado no dia a seguir à noite do pimba.
Seja como for, alguns destes “pilotos” estarão num estado parecido com o coma alcoólico o que fará com que se percam na própria garagem e nem um GPS os consiga ajudar a encontrar a embraiagem. Mais uma vez isto é positivo pois é a regra principal para participar no “rallye”, “se não consegue movimentar o carro não participa” (por isso é que alguns montam com equipas de cinco, assim são mais a empurrar, apoisé, conduzir bêbado dá multa).
Outro acontecimento queimadíssimo que acena à minha atenção é a garraiada, depois da última noite da Queima, que muitos chamariam de “a última derradeira “ramada” do ano!”.
Vejam se me acompanham neste cenário, temos numa arena poeirenta e com buracos um touro sóbrio e sete ou oito “não tão sóbrios quanto isso” intrépidos estudantes, eu não sei mas acho que quem vai acabar rabejado são todos menos o touro.
Seja como for, desde que haja oportunidade de soltar dois “olés”, o dia já está ganho.
Por agora este cheirinho de Queima vai ser encerrado, prometo voltar depois desta para acrescentar qualquer coisa mas não sustenham a respiração até lá pois vão necessitar dela para gritar no Cortejo.
Hasta meu bom povo, aproveitem a noite da cerveja para saberem o que acontece à comida depois de ingerida (se não perceberam então não precisam de comprar Engov)

My sound:
SP e Wilson – pronuncia do norte

Prá mãe, pró pai, pró irmão e pró velho do cão...

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