quinta-feira, 14 de abril de 2005

Quarta-feira...

Mas que quarta-feira, se esta merda continua assim eu vou pró estrangeiro!
Esta quarta que passou foi mais uma “quarta em grande” onde a raiva, o calor, o cheiro pestilento a odor corporal de caloirada empacotada num autocarro, os berros incessantes destes e o perder a “camunete” por cinco minutos, fez esta quarta ascender ao top três dos piores dias de Abril!
Eu até podia deixar isto passar mas não!
Tudo começou quando acordei, porra, mas que dia atípico (tirando o acordar que foi vagaroso e com muito custo).
Ora bem, quartas para mim geralmente significam que vou dormir até tarde, esta tinha de ser diferente, especial, uma merda por outras palavras!
Acordei e fiz as cenas do costume, arrancar o sarro incrustado na pele, beber um copo de leite com chocolate e açúcar (para manter a linha), vestir entre outras coisas “a camisola que uso há três/sete meses (dedicado às Beatas com Pila), lavar o “teclado quebrado”, pegar no saco e caminhar para a paragem, bem, até agora nada de mal!
Chegado à escola apanho uma aula de merda em que mais uma vez estive ao meu nível (como é sabido existe o excelente, o bom, o suficiente, o medíocre e o mau, o meu nível situa-se entre três níveis abaixo de mau e um acima do “dedica-te à pesca!”)
Depois disto fui treinar outra merda que para variar correu muito mal, para manter a moral elevada fui comer com uns colegas da faculdade que tinham tirado um dia de folga para me foder o juízo, finalizei o meu dia académico com um exame de “quarenta e cinco minutos que se fazia em vinte”, fi-lo em vinte para tentar não perder a “camunete”.
Bazei da faculdade e dirigi-me para a paragem, ao sentir o sol tostar a minha ilustre pele arrependi-me de não ter ido de T-shirt, mas também de manhã não estava assim tanto calor, mas até que dava para aguentar, depois veio o melhor!
Entrei no autocarro e acomodei-me lá pró meio (nada como viajar em pé, evita que um gajo adormeça e faça aquelas figurinhas tipo, acenar para todos com a cabeça, roncar que nem um javali ferido, chamar pela mãe/avó/Bibí, tirar macacos do nariz, entre outros).
Na paragem seguinte àquela em que entrei esperava-me uma boa, ou não, surpresa!
Magotes de caloiros, mas aos milhares, sem exagero deviam de ser uns quarenta ou quarenta e um, entram no autocarro e com as camisolas cheias de ovo/terra/sangue/pasta de dentes/merda e outras cenas piores, encostam-me ao canto (literalmente falando).
Esta cena num dia normal até nem me incomodaria muito, mas estar a ser esmagado por um bando de putos sedentos de saber o que é uma cona, fodidos por estarem a ser prachados por um grupo de frustrados sexuais que precisam de ver outros sofrerem para se sentirem felizes (de repente até parece que me estou a descrever?!) não ajuda muito quando se está a ter um daqueles dias “opa, não é que o dia esteja a ser mau, mas já pensei em embebedar-me para o esquecer!”.
A viagem foi-se fazendo, o calor foi-se aguentando até que chegamos a uma rua em que o autocarro não passava, após cinco/sete minutos de espera os “doutores” lembraram-se de pegar nos caloiros e fazer com que estes pegassem no carro que estava a estorvar (e não é que aquele mau cheiro uno até veio a dar jeito!).
Cheguei à ultima paragem e saí, o tempo escasseava e apanhei um atalho para tentar chegar primeiro que a “camunete” à paragem, perdi, perdi a banheira por cinco (ou menos) minutos, que bom, que emocionante, agora já só tenho de esperar meia hora pela próxima, e em vez de chegar um “atrasadito” ao trabalho, ganho a certeza que vou chegar atrasado ao trabalho…
Bem, nada mais a notar, como tal chega de falar na quarta-feira que findou à muito pouco!

P.S. Vou cumprir o que disse e falar das “Beatas com Pila”, só um bocado pois o sono já começa a pesar mais que a Simara, caras Beatas, falar de boca cheia dos defeitos dos outros só tem piada quando não se exagera no número de vezes que se o faz! Mais, de preferência dar oportunidade para os “ofendidos” poderem ripostar, que é o mesmo que dizer, nada de falar por trás (essa merda pode causar situações “incómodas” e originar rumores, atentos ao duplo sentido de falar por trás), eu não tenho problema nenhum com as críticas que possam dirigir a mim ou a outros, mas que vocês vão arder no inferno vão (pelo menos companhia não me vai faltar), caras comadres, não levem isto como uma crítica pois “boca para o barulho” também eu tenho e desculpem lá qualquer coisinha sim, é que no fundo, no fundo, caguei!

Hasta…

Prá mãe, pró pai, pró irmão, pró punheteiro do gato e pró velho do cão!...

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