sexta-feira, 18 de novembro de 2005

"miúdas do umbigo"

Mais um dia mais um Post, mais uma decisão governamental mais uma pedra no navio que já esteve mais longe de se tornar um submarino (querem interromper as obras do Metro interrompam "masé" o caralho que vos enrraba).
Dito isto vou passar à parte séria deste post, à critica corrosiva plenamente justificada e apoiada sempre por uma base teórica acima de qualquer refutação.
As “miúdas do umbigo”! Sim, essas grandes malucas serão o tema principal deste Post, depois de ver a minha teoria reformulada pelo omnipresente sempre contente “Homem da batata frita” decidi passar para o mundo virtual a teoria irracional.
Ora bem, vou começar por definir as “miúdas do umbigo”, sim, essas raparigas que caminham todas airosas pela cidade com o umbigo à mostra faça chuva ou faça sol, tenham um stock de pneus michelin a adornar o umbigo ou uma barriga perfeita (para mim é aquela que faz uma espécie de “V” ao chegar ao monte de Vénus, impossível descrever, impossível resistir!), estas miúdas são aquelas que andam sempre de cabeça erguida sejam um monumento em exibição no Louvre ou uma estátua toda cagada numa qualquer praça pública.
Estes seres interessantes sorriem sempre de maneira dissimulada ao ver uma cabeça a girar na sua direcção, seja essa cabeça preenchida por um ar de admiração ou de repugno, tudo serve, o importante é estar no centro das atenções, para mim, o importante era que algumas estivessem no centro da linha do Metro, assim tipo, quando ele estivesse mesmo para passar por cima delas (de repente parece que estou a ouvir o Darth Vader a rir-se, ou será tossir com estilo?!).
Bem, vamos avançar para o centro da questão tal como o Hugo Almeida avançou para o centro da área e espetou o primeiro aos “Milkas”.
Estas meninas de umbigo à mostra andam assim por três razões, uma é que para algumas delas não existe tamanhos suficientes e o XXL só estica até um certo ponto, outras vestem-se assim porque lá em casa ainda ninguém se apercebeu que certa roupa encolhe com água quente, mas o motivo em comum é o ódio que nutrem pelo cotão no umbigo, sim, esse vírus sintético ou cem porcento lã, esse arruinador sem escrúpulos de explorações incógnitas por terrenos venusianos.
Pois, pois é, o terror do cotão já levou muitas mulheres ao desespero, levando-as a tomar medidas extremas como andar completamente tapadas (tipo pinguim, talvez o melhor será mesmo comparar ao animal mais próximo deste, as freiras) ou a seguir uma filosofia totalmente oposta (ou será que não?), andarem todas nuas, como vieram ao mundo ou se mantém nele, tipo Pamela Anderson ou uma rameira desse género.
Estas meninas, que por não terem cotão no umbigo se julgam acima do resto, pensam que lá por o umbigo delas não estar ligeiramente coberto por uma camada multicolor de fibras cem porcento algodão não serviu para trocar merdas com a mãe, minhas filhas, já passou por aí muita papinha… e tabaco e álcool no caso de algumas!
Não tenho muito mais a dizer acerca deste tema e como tal o caso das “miúdas do cotão” fica pendente até novas actualizações, para continuar na mesma linha de pensamento vou falar da seca que apanhei há dois dias na paragem da “camunete”.
Quantos minutos? Ouço alguém a perguntar do fundo do monitor.
Minutos?! Era bom, duas horas e “é prá amigos”.
Como é isso possível pergunta outra voz meia arrabetada, é simples, à e tal um gajo vai ao Bessa ver os patrícios qualificarem-se e com sorte trazer o Europeu Sub-21 para Portugal e depois de apanhar o metro chega à conclusão que perdeu a “camunete” por menos de dez minutos, sem stress, há uma daqui a uma hora (supostamente às 23:35). Para “queimar” tempo aproveito para ler “A causa das coisas”, recomendado por je!
Olho para o relógio e reparo que são 23:25 e penso bem ainda tenho dez minutos vou ler mais um bocado, antes de colar os olhos no livro vejo uma “camunete” a aparecer e leio na frente desta “Pegaso” e claro o pensamento subsequente só podia ser “nã, não pode ser a minha!”.
São 23:45 e eu começo a pensar que acabei de me foder, consulto o horário apenas para constatar que a “camunete” era às 23:25 e que a próxima seria volvida uma hora.
Começo a ser invadido por aquele sentimento quente e aconchegante a que alguns chamam de raiva, até vinha a calhar já que tinha deixado de sentir os dedos dos pés à meia hora atrás.
Tento controlar-me para as raras pessoas que iam passando não se aperceberem, felizmente (e isto sim é um sinal que as coisas até que não estavam assim tão mal), o meu leitor de mp3 não me deixou ficar mal e acompanhou-me naquela espera solitária sem sequer ranhosar uma vez!
O relógio da estação de metro que ficava mesmo em frente ultrapassa já a 00:25, ao fundo, que nem Dão Sebastião surge uma “Pegaso”, por entre o nevoeiro, primeiro pensamento, nã, esta não é, mais uma vez a estrela da sorte ilumina-me e um tipo faz paragem à “camunete”, olhando para a lateral desta vejo umas letras familiares.
“Ops” é esta!” entoava no vazio que preenche quase a totalidade do interior do meu crânio, entrei, sentei-me e rangi os dentes, mas finalmente estava a caminho da minha caminha!
Só mais uma coisa acerca da “camunete”, era a última, assim de repente se perdia aquela era acordar o mano ou caminhar umas duas horas, duas e qualquer coisa até casa, o que em termos desportivos não seria assim tão mau!
Já se ouve o rufar dos tambores ao fundo e como tal chegou a hora de encerrar a sessão.
Hasta meu bom povo, continuem a apoiar Portugal como sempre mas para variar experimentem faze-lo fora dum estádio!

My sound:
K-os – The Love Song (sim, é o sonoro do Vodafone Now)

Prá mãe, pró Pai, pró irmão, pró merdoso do gato que nunca vejo e que já nem sei se alguma vez existiu e pró velho do cão que hoje aproveitou a fuga para roubar um osso, só tenho duas palavras, “Bem Jogado Cão”

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